sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Workshop C.E.M. O Avarento - 4ª aula

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10 Perguntas individuais sobre os materiais disponíveis
(tudo/ texto Moliere/outros textos/ imagens/música).

Análise e discussão dos materiais .

Discussão sobre o que pode ser a cena partindo das sinopses livres e integrando os materiais disponíveis que adquirirem “sentidos” .

Improvisação das cenas.

Discussão das cenas.

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Que materiais:

“Os postais. Um bocadinho anos 80. Ibiza, a colecção começou com Ibiza, onde fui ter com um namorado, pensei que daí em diante ia conhecer o mundo assim. Nunca mais aconteceu. Não aconteceu. Só em Ibiza.”

DRINKING IN NEW WORK (Postal)

“Na altura estar bêbedo aqui era ver três Torres. Agora não há nenhuma.”

“As aventuras de Pinóquio, trouxe-o a pensar que se podia tornar a Bíblia deste trabalho, ainda não tive tempo de lhe pegar.”

“Mais imagens: O amor na sua representação do ridículo, todos nús, todos da mesma massa, não iguais. Mesmo nús mantemos as hierarquias. Há sempre corpos com mais presença, são outras hierarquias que se estabelecem.”

“Ideia: A pensar no Saramago e na obra "Itinerancias da Morte", a morte que entra em greve e na sua ausência se instala um caos. Imagina-se a "Itinerância da Mentira". De repente éramos totalmente honestos uns com os outros. Imaginas?”

“O que nos faz mentir, é o medo, pensem sobre isso, por mais intrincada que seja a situação é sempre o medo, de não corresponder, de perder, de não ser, ou ser pouco, de não saber.”

Bebe-se muito chá. Nada de cigarros.

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“Mas afinal o que é a cena e o que cabe lá quando a imaginamos?”

Músicas. Imprevistos que nos fazem mentir. Poupar, poupar o outro, o sofrimento do outro. Não se põe em causa o poder paterno. Discussão sobre poupança. O homem é gordo e a viúva cheira a mofo. A beleza, a beleza não define nada nem ninguém. Beleza é um adjectivo subjectivo não qualitativo em termos de funcionalidade. Que diferente "input" pode constituir uma qualquer imagem para a concepção de uma cena. Ilustração directa, cópia formal, utilização de um conceito manifesto, através de associação das ideias e referenciais, contraponto objectivo da ideia da cena,………

Proposta textual/ sinopse:

“(…) Resumidamente estamos perante um pai doce e altruísta e dois filhos interesseiros e mesquinhos. (…)”

“(…) Os filhos aparecem, assim, sem avisar, como de costume. Mal intencionados de certo. O Pai vê-se obrigado a fingir (sim, são sempre as situações e os imprevistos que nos forçam a isso), de repente, sentimos claramente que é melhor ocultar, mudar umas palavrinhas ou transformar as intenções, tudo porque há que poupar. Poupar o outro. Poupar a dor ou a chatice. Creio que toda a gente está de acordo com isto. (…)”

“(…) O casamento que o pai oferece aos seus estimados filhos é uma grande angústia, uma maldade, uma injustiça. Numa palavra A OBRIGAÇÃO. (…)”

“(…) O poder, o poder, o poder.
O sexo, o sexo, o sexo.
Eu quero aquele sexo, eu quero aquele corpo.
E quero aquele amor. Não, Não quero, porque já o tenho.
Eu Possuo, é meu, não toques
Não toques, por favor, porque deixo de o ter.
E depois choro e fico só.
Só com lágrimas. As lágrimas não valem nada.
Dois cêntimos?”

Chorar de borla. 15 Minutos para definir a improvisação. Fazer.
Falar sobre o que foi feito. Lavar as chávenas de chá