sábado, 31 de maio de 2008

Isto é verdade + Exercícios de teclado

Os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars os liars em Portugal!

PUBLICIDADE (não vou conseguir ver, mas gostava)


Broken Hearted
Autobiographical Notes Written in Neon Lights
performance de Miguel Bonneville

Notas autobiográficas, seleccionadas de 2006 até hoje. Os sucessivos acontecimentos que me partiram o coração, seleccionados de 2006 até hoje. Aqueles que me dão as mãos e que sobrevivem comigo de 2006 até hoje. E hoje, continuamos.

com convidados especiais Álvaro Brito, Cláudia Varejão, Inês Ferreira, Manuel Carmo, Sara Vaz, Sofia Arriscado, Susana Pomba

31 Maio - 22h00
Kabuki - Centro de Artes
Rua Newton, nº10-B, Anjos, Lisboa

Ontem, este foi o meu dia de anos.


Ontem vi a Scout Niblett.
Estava muito cansada.
Teve um ataque de choro e atirou a guitarra ao chão.
Cantou algumas músicas (ab)usadas no Discotheater.
Entre outras, cantou o "Pompons" e um cover do "No Scrubs" das TLC.
Não cantou o "It's all for you" usado nas nossas respostas aos Forced Entertainment aqui ou na Obscena #9.
Respondeu à Patty "I can't sing it tonight."
No final a Patty chorou e ela bebeu vinho.
Descemos à baixa: é este o meu destino, bater no fundo.
amet

HINO

"O Conservatório, como a terceira colaboração com a morte, sem intuição nem sentimentos, como a segunda secura da era glaciar, sem estímulos nem borrasca, declara paz com piedade à evolução , à ladroagem, às peças miméticas do futuro em detrimento do passado que já deixaram de festejar o que insiste em manter-nos mortos.
Sarcasmo?
Ironia?
Queres apanhar da nossa corrente do mar?"
Fanado aqui.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Último dia / Últimos dias

Começa assim...

e acaba assim...

o Conservatório.
Hoje último dia no alkantara.

Fotos da autoria da Miss Dove (ela é linda). Fanadas daqui.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Avarento dixit com u meu acórdo hortográfico

"E eich zenão quando..." ao passeando na fnac, em corridinha para a seccção de philosophia, de caras me dou com ishto.

Highlights: "A crítica vista dos bastidores" uma mesa-redonda com Tiago Bartolomeu Costa, Miguel-Pedro Quadrio, João Carneiro, Rui Pina Coelho e Rita Martins. + Depoimentos de: Augusto M. Seabra, António Guerreiro, Pedro Boléo, Manuel Gusmão etc. + "Mas o teatro é uma coisa que está ali, e isso merece ser pensado" uma conversa com Maria Helena Serôdio.
Outros highlighs: um diário do zé maria + um textito do zé maria + uma conversa com o zé maria.
p.s. pelos trilhos dessa ex-cooperativa marxista, comprei " In defence of lost causes" do slavoj (toma francisco, não me trouxeste da américa, tb não te trouxe nenhum do chiado) + um filme do teatreiro aki kaurismaki "luzes no crepúsculo" + um livro (provavelmente inútil) que me sinto obrigado a apoiar (sou um pinga-amor) : "teorias da cultura" de Maria Laura Bettencourt Pires ed. pela universidade católica + cd sensuous do Cornelius + cd alopecia dos Why.

Teosophia

Se tivesse uma coluna de opinião, Teosophia seria o seu título.
Hoje eu e o cão encontrámos mais um cão.
Entretanto três outros cães foram abandonados.
Alguns foram para a Pravi (façam donativos sempre que puderem, nem que seja um euro!). Não se esqueçam que as crianças podem ser futuros fully automatic human beings, enquanto os animais serão sempre animais (i.e. devem/têm de ser dominados por nós).
O cão que eu e o cão encontrámos vai para outro sitio.
Mas se alguém o quiser...
Entretanto o dia correu-me melhor (apesar da tristeza). Gostei muito de reafirmar amor com a Moniquette (ainda com parca duração), de conhecer melhor a PattyAoutra (e suas brasileiras adjacentes) e seu muchacho o rei dos trocadilhos. E aqui eu sinto-me quase tentado a nomear-me como sucessor directo, não fosse o caso de existir um paysanxxi (que eu tenho esquecido de colocar nos links).
Sim, esse mesmo, o sr. da horta (e Z sabe como a bioética me não é estética).
Ele não é meu amigo. Eu não sou amigo dele. Mas tenho um grande fraquinho por ele.
O romantismo da horta com todo o explendor da relva.
Diria que esta é a segunda coisa boa que me proporcionou o Capital.
p.s. e tb as motoratasdemarte e o grande/excelso movimento xéxé.

terça-feira, 27 de maio de 2008

ÚLTIMOS DIAS

CONSERVATÓRIO
Um espectáculo do Teatro Praga
Em co-produção com o Festival Alkantara
e com o apoio de O Espaço do Tempo e Centro de Artes Performativas do Algarve



Com: André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Joana Barrios, José Maria Vieira Mendes, Patrícia da Silva, Pedro Penim, e Simão Cayatte
Desenho de luz: Daniel Worm d’AssumpçãoProducão e Promoção: Pedro Pires e Joana Gusmão
Armazém Hospital Miguel Bombarda
23 a 29 Maio (excepto dia 26) às 21h00
Reservas: 309978184
Informações: 91 854 70 50 / 91 854 19 45

"Construímos um palácio. Transparente, concreto, de cristal. Um espectáculo, caixas dentro de caixas, decorámo-lo, encaixámo-lo. Falamos em tom clássico, texto adâmico e genesíaco, o princípio de onde se diz que vem o fogo e também a luz. Faz sentido. Mas não dizemos só um texto. Um, dois, três, quatro e por aí fora. Um monstro composto, braço de um sítio, cabelo de outro, pernas roubadas, tudo cosido, bem costurado, um novo objecto, afirmativo mas estranho. Não ficamos à espera e avançamos, avancemos de tocha na mão para que nos vejam. Assustemo-nos, divirtamo-nos. Construamos um palácio. Joguemos outro jogo.Temos o fogo na mão, é nosso, escolhamos o que fazer com ele, na nossa casa. Joguemos com a luz. Joguemos com as sombras. Estamos num Conservatório. Iluminemos as paredes. Vamos abrir a cortina. Cuidado com o monstro".

Livre/o 9


Se a Europa Acordar
Peter Sloterdijk
Ed. Relógio D'Água

"Claro, os últimos conservadores, sejam eles católicos, estóicos ou prussianos, conservam restos de uma extemporânea fé no espírito das missões sérias e das tarefas objectivas, mas as maiorias há há muito se converteram à internacional agnóstica dos consumidores finais - para adaptarmos uma observação de Gellner, historiador da cultura inglês. Na sua qualidade de consumidor, o Europeu finissecular apercebe-se da sua situação no vazio. Já não está condenado à liberdade, mas à frivolidade. Frívolo é quem, sem motivos sérios decorrentes da natureza das coisas, tem de escolher entre isto e aquilo - o verde-gaio e não o carmim, o teriyaki de salmão e não o carré de borrego, as Seychelles e não Acapulco, Naomi e não Vanessa, os Bad Boys e não os Depeche Mode, Jeff Koons e não Markus Lupertz, as grandes cilindradas da Honda e não os BMW, Long Island e não Bogenhausen. Tudo isto sabendo perfeitamente que o contrário seria igual. Estética - a comédia de preferência."

ou então

"Podem animar-se com o dito do herói do mar Vasco da Gama que correu mundo em barcos à vela e, uma vez, gritou para a tripulação desesperada durante uma tormenta no oceano Índico: "Avante, homens, treme o mar de nós!" Para nós, a nova política começa com a arte de criar palavras que designarão o horizonte aos humanos que vogam no navio do real."

S(e)oul, please do come


Obrigado Ander (aqui). É muito linda.

ZéUs

When a politician says "I have a dream" than you know that it is time for an artist to say "I have politics".
Ontem, algures entre o Congo e a Argélia.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Entrevista


O Teatro Viriato tem uma revista: Boa União.
Eu dei uma entrevista (facto que muito irritou o tiago). Eis um excerto.

" A metáfora é perigosa, porquê?
Porque as metáforas surgem sempre, são uma espécie de sub-produto do gesto. Qualquer gesto vai produzir automaticamente um significado, que será lido como metáfora. Outro problema é o da criação da metáfora pela metáfora que é altamente enganador e redutor da possibilidade de metáfora, é um jogo muito pequeno em relação ao espectador, não lhe dá possibilidade nenhuma de escolha, de pensar o que quer que seja, porque o espectador está automaticamente condicionado não podendo percepcionar qualquer outra metáfora. Enquanto que qualquer gesto não tem garantia porque não contém promessas. (...) Não queremos que as pessoas pensem necessariamente as mesmas coisas que nós, até pelo contrário, queremos é que pensem outra coisa diferente, queremos que a obra seja aberta ao público e que tenha um conteúdo elevado, que não seja a metáfora pela metáfora. Até ironizamos que a metáfora é muitafora, é uma ilusão espectacular que torna o espectador passivo e cuja resposta já eles sabem."

HOJE NO ESPAÇO ALKANTARA

segunda _ 26 talking heads (conversas)
a partir da meia-noite

don't worry about the government -
about theatre and politics faustin linyekula, nacera belaza, teatro praga

Quarenta anos depois do Maio de 68 o teatro político está de volta. Mesmo assim, parece que qualquer comparação com os teatros revolucionários dos anos 60 e 70 acaba logo ali. Desta vez, o impulso vem claramente de fora da Europa, sendo a globalização e as suas consequências uma fonte inesgotável de indignação. Em vez de Brecht, Artaud ou AgitProp, são os formatos formais dos anos 80 e 90 que servem de inspiração. Será que a arte pode salvar o mundo?
espaço alkantara - calçada marquês de abrantes 99, santos

Re-invention tour

Ao andar para trás no blog re-descobri estes dois textos.
Este ** por razões claras.
E este X porque vou repescá-lo para o ensaio " Anonymous Bosch (going medieval through co-creation as the new anonymous of the post-capitalistic)" que tenho de escrever para o encontro artístico que se vai realizar na Austria. O Zé é que foi convidado, mas passou-me esta batata quente. A inspiração está a descer e que Deus ou Zeus se livre de me interromper nesta comunicação alada.

Conservatório - Comments

"
**
***
(...)Por outro lado, Conservatório do Teatro Praga, apesar de ser um espectáculo com momentos de grande espontaneidade e comunicação, parece perdido nas referências conceptuais que convoca. Declarando ter como ponto de partida "um texto de Peter Sloterdijk em que [o autor] aborda a alegoria "cavernosa" da estufa", o Teatro Praga reformula o mito de Prometeu usando os já mais que estafados recursos estilísticos do costume (paródia, ironia, citação, alusão...), resultando tudo numa repetição das suas habituais estratégias performativas. Ainda que haja alguns momentos de grande encanto e felicidade (José Maria Vieira Mendes está (quase) sempre sentado ao fundo, com ar de aborrecido, naquele que é um gesto de, se não de matar o autor, pelo menos pô-lo de castigo; o solo de uma bailarina relutante (Joana Barrios) é irresistível; a canção final de André E. Teodósio é extraordinariamente tocante; a presença de um cão em palco cria algums momentos de humor...) o registo geral é de autocomplacência e de alguma gratuitidade. É urgente que os Praga reinventem o seu veneno: temos saudades."
Rui Pina Coelho (crítico e professor no conservatório) in Público 25-05-2008

Resposta:
O que eu acho incrível é através da tentativa de boa disposição demitir-se de uma leitura crítica que se deveria querer high-brow ou de elevado mérito (mas como a meritocracia está em penúria desde que o meu familiar Martins da Cruz cometeu tamanha imprudência).
1º O espectáculo não está perdido nas referências conceptuais que convoca; parece é que o crítico está perdido/ausente das referências conceptuais que são convocadas, que podem ser Sloterdijk, ou Virilio, ou Platão, ou Hegel. The tale is as old as time.
2º O espectáculo chamado Conservatório não reformula o Prometeu usando diferentes estilos. Conservatório convoca Prometeu para justificar o monstruosidade dos estilos inerentes à teatralidade antiga do Teatro Praga. (Intencionalidade anunciada no prólogo da monstruosidade). Os estilos repetidos não passam de uma "antológica" da Praga (é o que dá ter saudades do que não se viu! e/ou nunca se gostou!) que, em jeito Zizekiano, não matam por lhes ser autorizado espaço para justificarem. "A monstruosidade do reticulado só pode ser monstruoso para quem quer entrar para o palácio de cristal", poderia ser esta a voz de Sloterdijk. Ao qual eu responderia, qualquer bolha potencia em termos espaciais o que se poderá desenvolver numa dromologia globalizadora.
3º E o que tem este espectáculo a ver com a Europa? E com as disciplinas artísticas? E com o conservadorismo? Hmm. Tanta coisa fica por dizer.
4º Esta resposta não se deve ao facto de Pina Coelho não gostar do espectáculo. Oh, se fosse assim teria de ter respondido a muitos outros (relembro que no último espectáculo do Alkantara era-nos anunciado que "Wagner ganhava": como se alguma vez estivessemos na mesma corrida!); trata-se isso sim de não autorizar que um trabalho meu seja mediatizado por discursos mediocres (e não se trata de dominar a liberdade de expressão, embora a ideia não me seja de todo má; trata-se que tenho de entregar críticas de jornais nos relatórios de apoio estatal, críticas que todos sabemos não vão ficar para história, mas que servem para o momento).
Não nos admiremos então que as secções culturais nos jornais (e na verdade, em tudo) estejam em corte. Cada um cria os leitores que merece. E é isto o conservatório (o último a rir, ri melhor).
André e. Teodósio

sexta-feira, 23 de maio de 2008

HOJE ESTREIA "CONSERVATÓRIO"















CONSERVATÓRIO
Um espectáculo do Teatro Praga
Em co-produção com o Festival Alkantara
e com o apoio de O Espaço do Tempo e Centro de Artes Performativas do Algarve

Com: André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Joana Barrios, José Maria Vieira Mendes, Patrícia da Silva, Pedro Penim, e Simão Cayatte
Desenho de luz: Daniel Worm d’Assumpção
Producão e Promoção: Pedro Pires e Joana Gusmão

Armazém Hospital Miguel Bombarda
23 a 29 Maio (excepto dia 26) às 21h00
Reservas: 309978184
Informações: 91 854 70 50 / 91 854 19 45
"Construímos um palácio. Transparente, concreto, de cristal. Um espectáculo, caixas dentro de caixas, decorámo-lo, encaixámo-lo. Falamos em tom clássico, texto adâmico e genesíaco, o princípio de onde se diz que vem o fogo e também a luz. Faz sentido. Mas não dizemos só um texto. Um, dois, três, quatro e por aí fora. Um monstro composto, braço de um sítio, cabelo de outro, pernas roubadas, tudo cosido, bem costurado, um novo objecto, afirmativo mas estranho. Não ficamos à espera e avançamos, avancemos de tocha na mão para que nos vejam. Assustemo-nos, divirtamo-nos. Construamos um palácio. Joguemos outro jogo.

Temos o fogo na mão, é nosso, escolhamos o que fazer com ele, na nossa casa. Joguemos com a luz. Joguemos com as sombras. Estamos num Conservatório. Iluminemos as paredes. Vamos abrir a cortina. Cuidado com o monstro".

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Reproducts

Foi o Pollesch que falou destes Reproducts. O lema é "Vertrauen durch Sicherheit" ("Confiar por meio da segurança" ou "Segurança é confiança")

http://www.youtube.com/watch?v=S9gCEDBM11o

segunda-feira, 19 de maio de 2008

domingo, 18 de maio de 2008

Elia

Elia sabie muito bien do qui habla.
TRASHÉDIA
Pues la mujier noy exhiste.

Livre/o 7 & 8


Art as far as the eye can see
Paul Virilio
Ed. Berg
+
Palácio de Cristal
Peter Sloterdijk
Relógio d'Água

Começo pelo segundo livro. Seguindo as "arqueologias" foucaultianas, a primeira parte do "Palácio de Cristal" conta a narrativa da globalização (fazendo um decoding do tempo 'heideggeriano', e tomando como novo ponto de vista o 'espaço'); é essa narrativa que muito deve a Paul Virilio e à sua dromologia (que tem como transgressão inerente, a não consumação do que se deseja, i.e. o seu profundo regresso ao cristianismo). Paul Virilio tem concentrado o seu trabalho na luta lyotardiana contra as meta-narrativas apesar de, e paradoxalmente, quase sempre apoiar o seu discurso na elaboração (na ordem da teoria) de teses cientificas (supostamente, de ordem pragmática). Sim, os anos 60 e o sci-fi ainda não desapareceram por completo! "Art as far as the eye can see" retrata assim a rapidez de assimilação da/na arte, a queda da "perspectiva", o encurtar do espaço, o mundo global, o fim da fronteira, a imersão do espectador na obra, o site-specific, o land art, as instalações (instala acções) i.e. esse mundo do agir sob o comando do 'grande Outro' consolador, esse agir que vem do nada e leva a nada. "Art as far as the eye can see" nesta recta final do global, pode acabar por ir tão longe quanto so mente o nosso reflexo ao espelho. A segunda parte do "Palácio de Cristal" trata disto também (a filosofia do monstruoso tem aqui o seu auge); deixando foucault e passando ao reticulado deleuziano, Sloterdijk decide também mudar de objecto de observação quanto ao factor rizomático i.e. em vez de fazer uma apologia ao reticulado (Sloterdijk tem alergia ao rizoma, acha-o demasiado subterrâneo), concentra-se na hegemonia dos que criaram a espuma dos dias dos pobres. No "Palácio de Cristal" proprimamente dito. E de novo se sentem os anos 60 e o sci-fi.
I just love them.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Blog updates

O Otium acabou com o seu blog. Boo.
O Augusto voltou. Yeah.
Conservatório link.
Teatro-Catástrofe link.

Conservatório footnotes

"What is a monster? A being whose duration is incompatible with the existing order."
Denis Diderot

"Mary Shelley does something that a conservative would never have done. In the central part of her book, she allows the monster to speak for himself, to tell the story from his own perspective. Her choice expresses the liberal attitude to freedom of speech at its most radical: everyone’s point of view should be heard. The criminal can victimize himself."
Slavoj Zizek

"Supposing a painter chose to put a human head on a horse's neck, or to spread feather of various colours over the limbs of several different creatures, or to make what in the upper part is a beautiful woman tail off into a hideous fish, could you help laughing when he showed you his efforts?"
Horace

"I am a philosopher of the monstruous..."
Peter Sloterdijk

"We believe the sky is going to fall on our head if we meddle with the body."
Orlan

"On the one hand, the spectators feel shocked and deny what they see; on the other, they are fascinated because someone violates him/herself voluntarily and because the action conjures up taboos of torture and physical punishment. Spectators are fascinated and shocked by their own curiosity since, according to cultural norms, they should feel disgust or horror."
Erika Fischer-Lichte

"The birth of a monster is a failure of nature herself and threaten our faith in the basic soundness of what grows... Distortions are comments on nature that may provoke indignation. But the monster creates anxiety because it shows reality itself at a fault."
Rudolf Arnheim

"The best way, it seems to me, to realize the idea of danger on the stage is by the objective unforeseen, the unforeseen not in situations but in things, the abrupt, untimely transition from an intellectual image to a true image..."
Artaud

segunda-feira, 12 de maio de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Hoje no Teatro Municipal São Luiz

CONVERSA COM Peter Pabst
28 anos de cenários para Pina
Peter Pabst será acompanhado por André e. Teodósio.

8 MAI - QUINTA ÀS 22HOO
JARDIM DE INVERNO - Teatro Municipal São Luiz
ENTRADA LIVRE

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Começa o Alkantara

A 22 de Maio arranca o alkantara festival 2008 com o espectáculo de abertura Tempest II de Lemi Ponifasio (Nova Zelândia), às 21h00 no São Luiz Teatro Municipal. O espectáculo será seguido por um cocktail no Jardim de Inverno e, à meia-noite, um concerto surpresa. A seguir há festa.
alkantara festival irá decorrer entre 22 de Maio e 8 de Junho. Em 17 dias apresentar-se-ão em Lisboa 26 espectáculos, em 78 sessões de artistas vindos de Portugal, Austrália, Índia, Turquia, Nova Zelândia, República Democrática do Congo, Bélgica, Holanda, Grã-Bretanha, Suíça, EUA, Alemanha, Argentina, República Checa, Brasil, Líbano, França, Argélia e Colómbia. Os bilhetes já estão à venda, mais informações aqui.


Em co-produção com o Alkantara o Teatro Praga irá estrear a sua nova criação Conservatório no dia 23 de Maio no Hospital Miguel Bombarda.
uma criação Teatro Praga
com: andré e. teodósio, cláudia jardim, joana barrios, josé maria vieira mendes, patrícia da silva, pedro penim e simão cayatte / desenho de luz: daniel worm d’assumpção / produção e promoção: pedro pires, joana gusmão / co-produção: alkantara / residência: o espaço do tempo, capa
bilhetes 10 € / 5 € sexta _ 23 > quinta _ 29 maio 21h - excepto segunda 26 maio
marcações: 918 547 050 ou 309 978 184 (das 12h às 15h e das 17h às 20h)

EX OVO OMNIA

Exposição individual “Ex Ovo Omnia” de Vasco Araújo,
a partir de 15 de Maio, na Galeria Filomena Soares



Em “Ex Ovo Omnia” serão apresentadas quatro obras, a saber: “Augusta”, “Álbum” “Trabalhos para nada, as árvores morrem de pé” e “Ex Ovo Omnia” que dá o nome à exposição.

Nesta exposição o artista apresenta trabalhos que abordam temas como a herança genética, relacional, social e ideológica. Opera sobre a criação de novos modelos que põem em questão a nossa própria evolução como seres humanos, tanto a nível psicológico como social.

Vasco Araújo realizou, entre outras, exposições individuais: “Vasco Araújo: Per-Versions”, The Boston Center for the Arts, Boston (2008); “About Being Different”, Baltic, Centre for Contemporary Art, Newcastle (2007); “Pathos”, Domus Artium 2002, Salamanca (2006); “Dilema”, S.M.A.K., em Gent (2005) e Museu de Serralves, no Porto (2000), e participou em exposições colectivas como “Artes Mundi, Wales Internacional Visual Art Exhibition and Prize”, National Museum Cardiff, Cardiff (2008); “Kara Walker and Vasco Araújo: Reconstruction”, Museum of Fine Arts Houston, Houston (2007); “Drei Farben – Blau”, XIII Rohkunstbau, Grobleuthen (2006); “The Experience of Art” (Bienal de Veneza, 2005) e “Dialetics of Hope” (Bienal de Moscovo, 2005).

O seu trabalho está publicado em vários livros e catálogos e representado em várias colecções, públicas e privadas, como Centre Pompidou, Musée d’Art Modern (França); Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal); Fundación Centro Ordóñez-Falcón de Fotografía – COFF (Espanha); Museo Nacional Reina Sofia, Centro de Arte (Espanha); Fundação de Serralves (Portugal); Museum of Fine Arts Houston (EUA).


GALERIA FILOMENA SOARES
Rua da Manutenção - 801900-321 Lisboa, Portugal
+351 218624122
gfilomenasoares@mail.telepac.pt
http://www.gfilomenasoares.com/

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O AVARENTO EM GUIMARÃES















Dia 12 de Junho - Centro Cultural Vila Flor

Um novo Avarento, de José Maria Vieira Mendes: revisitação de um texto de 1668, na perspectiva do conflito entre duas gerações, no qual Molière serve apenas para o esqueleto: o autor parte a estrutura original e deixa buracos, fracturas, peças soltas, mistura linguagens e estilos, para realizar uma reflexão sobre o conflito entre a geração pós-25 de Abril e a geração dos pais dela. Uma nova versão da peça, livre e esquiva, ou a escrita daquilo que se gostaria de ler já na obra original.


Ana Dias Ferreira Time Out 09 de Janeiro 2008
Uma das grandes qualidades deste Avarento é a enorme lucidez por trás da loucura. Vieira Mendes queria falar dos “problemas das gerações”. Queria “fazer a última festa” do Teatro Praga, obrigar a companhia a continuar em palco depois de partir tudo. E o resultado demonstra como se pode ser o enfant terrible do teatro e questionar as convenções ao mesmo tempo que se revela inteligência e maturidade (…) O lado tragicómico e acentuado pelo cruzamento entre a linguagem medieval e moderna, e há uma série de referências que vão sendo introduzidas ao longo da peça, sempre com o tema pais e filhos como pano de fundo: o Édipo de Sófocles, Os Irmãos Karamazov de Dostoeivski, o Aulularia de Plauto. (…) Diz Vieira Mendes: “Uma das coisas de que gosto no teatro é que se vou falar numa coisa triste, não tenho de o fazer de uma forma triste”. E esta é uma comédia onde se fala da morte, mas onde se ri. Muito.