quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

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Já está disponível a nova revista de artes performativas, Obscena.
Dirigida por Tiago Bartolomeu Costa,
está disponível aqui para download em formato pdf
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Mais informações aqui

ÚLTIMA SEMANA

até 3 de Fevereiro
no Hospital Miguel Bombarda
(Rua Dr. Almeida Amaral ao Campo Mártires da Pátria)
4ª a Sábado às 22h00
Reservas: 21 726 92 25 / 91 854 70 50 / producao@teatropraga.com

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(fotografia: Ângelo Fernandes)

Ficha Técnica e Artística
Co-criação e interpretação: Cláudia Jardim e José Gonçalo Pais
A partir do Texto de: Heiner Müller / Tradução: Cláudia Jardim e Victor Gonçalves a partir da tradução francesa de Jean Jourdheuil, Béatrice Perregaux e da tradução inglesa de Marc von Henning / Fotografias do cartaz: Rodrigues / Fotografias de cena: Ângelo Fernandes / Grafismo: Triplinfinito / Direcção de Produção: Pedro Pires

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

CONGRATULATIONS!!!!...too bad for all the others

O primeiro prémio luso-brasileiro de dramaturgia António José da Silva, criado pelo Instituto Camões e pela Fundação Nacional de Arte do Brasil, foi atribuído ao Zé Maria Vieira Mendes pela peça A Minha Mulher.

How proud we are!!! And rightly so!!!

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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Workshop O Avarento - CENTA - Apresentação Final

Hoje, apresentação final do workshop O Avarento que decorreu na cidade de Castelo Branco, no Cine Teatro Avenida, uma colaboração entre o Teatro Praga e o CENTA de Vila Velha de Ródão.
Cine Teatro Avenida de Castelo Branco, 21 horas
Direcção: Patrícia da Silva
Mais informações pelo telefone: 918547050
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"Poderá haver algo mais cruel que esta rigorosa economia que pesa sobre nós, do que a pelintrice sem nome que padecemos? De que nos servirá a fortuna, se ela não nos virá parar às mãos senão quando já não tivermos idade para a gozar?"
in Acto I de O Avarento de Molière

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Workshop C.E.M. O Avarento - 5ª aula

Sinopses:

Trabalhos de casa? Não. Mudança de planos. Fazem-se os trabalhos aqui mesmo, agora mesmo. “ Tenho muita dificuldade em divagar, tendo a responder com muita objectividade, ai, não consigo. De que absoluto? O meu absoluto pode não ser o teu. Mas quê? É para copiar a frase cem vezes como na escola?” Gargalhadas internas e externas.

Que vazio da alma ou que nostalgia de que absoluto te move na procura do que te falta?

Que vazio da alma ou que nostalgia de que absoluto te move na procura do que te…

Que vazio da alma ou que nostalgia de que absoluto te move na procura do que…

Que vazio da alma ou que nostalgia de que absoluto te move na procura do…

Que vazio da alma ou que nostalgia de que absoluto te move na procura…

Que vazio da alma ou que nostalgia de que absoluto te move na…

Que vazio da alma ou que nostalgia de que absoluto te move…

Que vazio da alma ou que nostalgia de que absoluto te…

Que vazio da alma ou que nostalgia de que absoluto…

Que vazio da alma ou que nostalgia de que…

Que vazio da alma ou que nostalgia de que…

Que vazio da alma ou que nostalgia de…

Que vazio da alma ou que nostalgia…

Que vazio da alma ou que nostalgia…

Que vazio da alma ou que nostalgia…

Que vazio da alma ou que…

Que vazio da alma ou…

Que vazio da alma…

Que vazio da…

Que vazio…

Que…

“Nem sempre alcançamos

aquilo pelo que lutamos!

Também é,

mas nem sempre é,

o que importa!

E pode apenas

abrir mais uma porta!”

I Acto

Cena 1: Raquel

“(…) Quem são? Elisa e Valério nasceram onde? Qual foi a primeira palavra que disseram quando eram bebés? Alguém sabe? Acho que o pai da Elisa deveria estar demasiado preocupado com o seu tesouro para se lembrar da primeira palavra que Elisa disse no meio de choro e fraldas, costume de um bebé.

Bom, mas será que ele sabe onde isso aconteceu? Em que país ela nasceu? Em que cidade? Era uma capital? Era uma cidade ou uma vila? Em que rua? Em que casa? Qual o número dessa casa? Se soubéssemos o código postal facilmente descobriríamos o resto! Talvez, os CTT saibam como posso saber onde é que Elisa disse a sua primeira palavra! Aliás, os CTT sabem com certeza, onde ocorreu este primeiro encontro de Elisa e Valério… (…)”

“(…) Bom, se pensarmos que para Valério chegar a Elisa teve que dar seis passos… Sim, vou supor que foram seis passos e como mera possibilidade vou supor que Valério nasceu na Índia, um dia encontrou um lenço amarelo, que tinha uma etiqueta que dizia: Made ir China. Bom, ele nunca tinha visto tal, só conhecia as etiquetas que diziam: Made in Taiwan (…)”

“(…) Quando sentado no banco de um jardim dessa rua sem nome em Paris, que tinha um lago, encontra uma rapariga a afogar-se entre alguns peixes, era Elisa. Mas os peixes vinham de onde? Em que rua nasceram os peixes? Talvez os CTT saibam de onde vêm os peixes, eles devem ter o código postal da Rua dos Peixes! Alguém sabe o nome da rua onde o Nemo disse a primeira palavra da sua vida?!"

Cena 2 Matilde - em progresso

Cena 3: César - em progresso

Cena 4: Joana - Já editado no ultimo post

Cena 5: João - em progresso

II Acto

Cena 1: Ricardo

"CLEANTO: Preciso de guita Flecha!...E não pode pedir ao meu pai porque se ele descobre que estamos os dois apaixonados pela Mariana, eu estou fodido.

FLECHA: Completamente fodido.

CLEANTO: Já falaste com o teu banco?...E com o meu?

FLECHA: Sim mas... O melhor é pedires crédito por telefone. Vi ontem na televisão um anúncio. E é chique Cleanto.

CLEANTO: Como funciona isso?

FLECHA: Primeiro só funciona se pertenceres a uma família com bens sólidos, seguros e livre de encargos. Pagas 18 % de juros para entrada e...

CLEANTO: Entrada?... E à saída? (…)”

Cena 2 e 3: Agostinho – em progresso

Cena 4: Miguel

“(…) Um patrão enriquece porque tem trabalhadores a trabalharem para ele. O patrão enriquece todos os dias, os trabalhadores recebem o mesmo durante anos! (…)”

As sinopses são propostas de material textual para a construção das cenas. São leituras individuais do texto original, à luz dos temas discutidos em grupo.

Fizemos improvisações a partir das sinopses das cenas 1 e 3 do I Acto e da cena 1 do II acto. Discutimos “veementemente” as improvisações.

Fim do tempo.

Para quem tiver curiosidade:

http://www.goatislandperformance.org/

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Quarteto - Duas últimas semanas

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(foto: Ângelo Fernandes)

até 3 de Fevereiro
no Hospital Miguel Bombarda
(Rua Dr. Almeida Amaral ao Campo Mártires da Pátria)
4ª a Sábado às 22h00
Reservas: 21 726 92 25 / 91 854 70 50 / producao@teatropraga.com

Ficha Técnica e Artística
Co-criação e interpretação: Cláudia Jardim e José Gonçalo Pais
A partir do Texto de: Heiner Müller / Tradução: Cláudia Jardim e Victor Gonçalves a partir da tradução francesa de Jean Jourdheuil, Béatrice Perregaux e da tradução inglesa de Marc von Henning / Fotografias do cartaz: Rodrigues / Fotografias de cena: Ângelo Fernandes / Grafismo: Triplinfinito / Direcção de Produção: Pedro Pires

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Workshop C.E.M. O Avarento - 4ª aula

Início

10 Perguntas individuais sobre os materiais disponíveis
(tudo/ texto Moliere/outros textos/ imagens/música).

Análise e discussão dos materiais .

Discussão sobre o que pode ser a cena partindo das sinopses livres e integrando os materiais disponíveis que adquirirem “sentidos” .

Improvisação das cenas.

Discussão das cenas.

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Que materiais:

“Os postais. Um bocadinho anos 80. Ibiza, a colecção começou com Ibiza, onde fui ter com um namorado, pensei que daí em diante ia conhecer o mundo assim. Nunca mais aconteceu. Não aconteceu. Só em Ibiza.”

DRINKING IN NEW WORK (Postal)

“Na altura estar bêbedo aqui era ver três Torres. Agora não há nenhuma.”

“As aventuras de Pinóquio, trouxe-o a pensar que se podia tornar a Bíblia deste trabalho, ainda não tive tempo de lhe pegar.”

“Mais imagens: O amor na sua representação do ridículo, todos nús, todos da mesma massa, não iguais. Mesmo nús mantemos as hierarquias. Há sempre corpos com mais presença, são outras hierarquias que se estabelecem.”

“Ideia: A pensar no Saramago e na obra "Itinerancias da Morte", a morte que entra em greve e na sua ausência se instala um caos. Imagina-se a "Itinerância da Mentira". De repente éramos totalmente honestos uns com os outros. Imaginas?”

“O que nos faz mentir, é o medo, pensem sobre isso, por mais intrincada que seja a situação é sempre o medo, de não corresponder, de perder, de não ser, ou ser pouco, de não saber.”

Bebe-se muito chá. Nada de cigarros.

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“Mas afinal o que é a cena e o que cabe lá quando a imaginamos?”

Músicas. Imprevistos que nos fazem mentir. Poupar, poupar o outro, o sofrimento do outro. Não se põe em causa o poder paterno. Discussão sobre poupança. O homem é gordo e a viúva cheira a mofo. A beleza, a beleza não define nada nem ninguém. Beleza é um adjectivo subjectivo não qualitativo em termos de funcionalidade. Que diferente "input" pode constituir uma qualquer imagem para a concepção de uma cena. Ilustração directa, cópia formal, utilização de um conceito manifesto, através de associação das ideias e referenciais, contraponto objectivo da ideia da cena,………

Proposta textual/ sinopse:

“(…) Resumidamente estamos perante um pai doce e altruísta e dois filhos interesseiros e mesquinhos. (…)”

“(…) Os filhos aparecem, assim, sem avisar, como de costume. Mal intencionados de certo. O Pai vê-se obrigado a fingir (sim, são sempre as situações e os imprevistos que nos forçam a isso), de repente, sentimos claramente que é melhor ocultar, mudar umas palavrinhas ou transformar as intenções, tudo porque há que poupar. Poupar o outro. Poupar a dor ou a chatice. Creio que toda a gente está de acordo com isto. (…)”

“(…) O casamento que o pai oferece aos seus estimados filhos é uma grande angústia, uma maldade, uma injustiça. Numa palavra A OBRIGAÇÃO. (…)”

“(…) O poder, o poder, o poder.
O sexo, o sexo, o sexo.
Eu quero aquele sexo, eu quero aquele corpo.
E quero aquele amor. Não, Não quero, porque já o tenho.
Eu Possuo, é meu, não toques
Não toques, por favor, porque deixo de o ter.
E depois choro e fico só.
Só com lágrimas. As lágrimas não valem nada.
Dois cêntimos?”

Chorar de borla. 15 Minutos para definir a improvisação. Fazer.
Falar sobre o que foi feito. Lavar as chávenas de chá

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

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Prémio Bes Photo 2006

Augusto Alves da Silva - Daniel Blaufuks -
Susanne S.D. Themlitz - Vasco Araújo -

Inauguração da Exposição, proximo dia 18 de Janeiro pelas 22h00, no centro de exposições do Centro Cultural de Belém
Exposição Patente ao Público de 19 de Jan. a 18 de Março de 2007

Vasco Rulezzzzzz!!!! Goooooooooo Vascooooooooo!!!!
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Discotheater (foto: Ângelo Fernandes)

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Workshop C.E.M. O Avarento - 3ª aula

3ª aula
sob o signo de: Que nostalgia de que absoluto nos move na procura do que nos falta?

Pergunta: Mas afinal o que é isso da "Era de Aquário"?

"O objecto da filosofia é a imagem de uma alma humana solitária, matutando nas suas próprias experiências. Tal alma é prisioneira do seu corpo, que não tem contacto com os outros devido as barreiras destes. Não há nenhum significado pessoal. Somos aquilo que somos porque partilhamos uma linguagem e uma forma de vida comum."
Wittgenstein (Karl Johnson) in Wittgenstein de Derek Jarman, 1993

Discussão:
  • Perguntas. Para quê os materiais? Que uso têm? Algumas manifestações de ansiedade em relação ao processo de trabalho. "Trouxe fotografias e livros não trouxe ideias", "Está errado?", "Vim directamente do trabalho esqueci-me do texto do bloco e dos materiais que tinha seleccionado e tenho fome".
  • Análise e divisão de cenas do primeiro acto em função dos temas de pesquisa propostos depois das leituras e conversas das duas primeiras aulas.

Relembrando:

  • Mapas geográficos da vida e das relações humanas - cenas 1 e 2
  • Ironia vs Humor - cena 4
  • Capitalismo e poder económico / Amor e sexualidade - cena 5
  • Poder/mentira, sexualidade/mentira - cena 3

Propostas de materiais e ideias:

  • Criar um mapa geográfico das acções e emoções das personagens e encontrar correspondências com mapas da vida das pessoas que nos são próximas. "O meu pai tem muito a ver com o Harpagão".
  • Mapear os tráfegos de influências entre as personagens. "Ainda não sei muito bem para quê".
  • + 3 músicas (que não tivemos tempo de ouvir), 20 fotografias de várias cidades onde alguém já esteve, muitas fotografias de muitos fotógrafos, Kent Elliot, Mark and Sherry, etc. 3 imagens de Gerárd Uféras de corpos enquadrados sem as suas cabeças, um porta moedas com a etiqueta do preço, História da Sexualidade vol. I e II Michel Foucault, 2 textos com análises de dois diferentes sonhos, "As Aventuras de Pinóquio" e 15 postais humorísticos.

Ideia a propósito de Gerárd Uféras:

"O meu corpo está aqui, mas onde está a minha cabeça? tenho outras imagens, fotografias espalhadas pelas casas da família, os meus afectos, o meu número de telefone nos telemóveis dos outros, são a minha presença fora daqui."

Proposta prática (ficou por fazer)

a) Proposta textual para a cena: transformar os diálogos das cenas do primeiro acto em sinopses narrativas da acção mantendo ou não zonas de diálogo.
b) Estabelecer relações de outros materiais com a proposta textual associada a cada tema.
c) Concepção de cada uma das cenas do primeiro acto.
d) Improvisação das cenas.
e) Análise e discussão das cenas apresentadas.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Licença Sabática – nº1

Data: 13 de Janeiro 2007 /Local: Escritório / Horas: 15:30

(a gravação começa a 15 minutos depois do início da conversa.)


Espectáculos? Alguém viu? Viste? Quem viu?

Parafraseando a ópera Pollicino:
(toca o telemóvel)
– É o teu?
– Ah é o meu… Estou… Tenho aqui umas crianças, amanhã vou comê-las, vou esquartejá-las. Queres vir? Não podes vir? A tua filha quer ir ao teatro? Oh pá deixa-te disso. O Teatro não interessa para nada.
(Nessa parte ninguém se riu.)


Filmes? Alguém viu? Borat? A Rainha? O odor de sangue? Filmes? Filmes? Alguém viu? O último filme que fui ver foi…

Formatos? Não tenho nada contra. “Os críticos são super preconceituosos em relação a essas coisas.”
Continuamos politicamente correctos? Como nos anos 90?
Já se podem fazer piadas com o cancro e com a sida?
Já se podem fazer filmes com crianças nuas como nos anos 70?

“O veado de A Rainha era a Diana, por causa dos cornos…”
É como os filmes da TVI? Não é como os filmes da TVI?
Hiperealismo.

Agenda cultural diversa: conferências, filmes, óperas, discos…

Voltando à Rainha:
Utilização de uma realidade da qual ainda não há distanciação. Temas sobre os quais aparentemente já não há nada a dizer, por sobrexposição.
Ou como usar num espectáculo um hit do momento que passa na rádio e como isso pode ser um elemento perturbador.
ou
Fait-divers sobre a realeza inglesa: William, Charles, Elizabeth, Diana
Fait-divers sobre o nosso Presidente da República.

Silêncio

Mais Presidente da República. Gossip.

“Viram o filme do Pedro Costa?”
Personagens ficcionadas?
Dodots em crioulo. “As coisas para mim são partituras.”
Tempo e espaço diferentes dos outros filmes.
Atraso do tempo produtivo? Resistência à aceitação consensual?

Nota do Transcritor
Comentários idiotas acerca do filme tirados no IMBD:

“I saw the beginning of this film at the Vancouver Film Fest. The description sounded great, and apparently it was getting good reviews - but about 1.5 hours into it, I couldn't bear the monotony, *beep* acting, and boring camerwork. I couldn't understand why this movie existed, what the point of it was. When they introduced it, they said it was slow, but if you stuck with it, you'd be amply rewarded. I'm just curious about what happened to the old man - whether the movie did become interesting or what. Anybody make it to the end?”

“Why did it get such great reviews? The monotony and the boring camerawork. Because anything that is an exact oposit of mainstream cinema, is for some reason imediately consider genius.”

Fim da nota do transcritor

"No Líbano o que conhecem de Portugal é a Amadora e as Fontaínhas."
"A Amadora está em último lugar no ranking das cidades portuguesas."

Cidades… O Porto.

Nada a dizer. “A questão do Carrilho interessa-vos?”

COLINA
T-shirt da Colina. Colina no coração. Vestir a camisola.

Desvio ----> "Quarteto"

- O momento das colagens é mau. É fraco.
- Não vou tirar nada do espectáculo.
(…)
- São coisas recorrentes nos espectáculos do Teatro Praga.
- O que é uma coisa recorrente?
- Isto é uma discussão eterna.
- Podia ser uma coisa recorrente mas que me fizesse imenso sentido…
- Isso vai aonde? E então?
- Estão-te a fazer uma proposta e tu estás a pôr-te numa posição de intolerância em relação ao que te estão a apresentar. (…) Mas se é uma coisa formal…
- Se calhar é uma coisa formal. (…) Com as imagens sinto que as ideias se encadeam mais facilmente.
(…)
- Anjos e caralhos, caralhos e anjos… É mais literal.
- Eu vou pensar mais profundamente porque é que aquilo não me bate. Há uma razão mais racional de certeza. (…) Eu nunca percebi porquê.
- O que mais me impressiona é tu tomares isso como se fosse um erro.
- Este espectáculo não funciona para mim porque tem aquilo no meio
- Mas isso é muito arrogante.
- Mas por isso é que estamos aqui juntos. Não iria a este nível com mais ninguém.
- Acho que em relação às artes performativas há mais arrogância pela parte do público.
- Se vires um quadro não te passa pela cabeça dizer que o pintavas doutra cor.
- É porque pode. Porque está ali, porque é agora.
- Posicionas-te no lugar do criador. Mas esse não é o teu lugar.
- Não, claro que não é. Mas fazes esse exercício: o que é que prescindias dali e o que é que me é absolutamente vital.
- Mas há uma hierarquia: ela não deixa de ser a criadora e tu não deixas de ser público. (…) Uma coisa é dizer que a música está muito alta. Outra coisa é criticar um momento conceptual.
- Podem-me dizer que com a imagem é exactamente a mesma coisa, mas não é. As pichas são grandes e os clitóris também. Mas há uma subjectividade maior.
- Mas o espectáculo é muito certinho, e neste espectáculo isso é uma qualidade.
- Não há muitas pontas soltas.
- Para mim a dobragem é incompreensível.
- Eu não vou explicar, desculpem.
- Para mim era um momento de entretenimento.
- Se calhar acho que [colar papeis nas paredes] é uma coisa muito imediata e mais fácil.
- Mas isso também não é um critério de avaliação.

(fim do minidisc.)
(Vários minutos sem gravação.)
(Rebobina-se e grava-se sobre o principio.)

COLINA:
Revisão COLINA – Ahrus
Questão: Colaboração / Co-criação
Projectos. Artistas. Projectos. Artistas. Projectos. Relações.
Artistas que se identificam com artistas, e não com propriamente com projectos.
“Havia pessoas com quem eu não queria trabalhar e que nem sequer queria ouvir o que elas tinham para dizer.”
Descrição do processo.

(fim dos quinze minutos de sobreposição sobre o início da conversa)

domingo, 14 de janeiro de 2007

Happy Birthday

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Um dos últimos corcundas do primeiro mundo, possivelmente: "Hoje já não nascem pessoas com deficiência, porque matá-las antes é legal. Não sou contra o aborto, mas sou contra a selecção de pessoas, porque isso é fazer o que o Terceiro Reich fez. Espero que as pessoas tenham consciência das consequências disto: escolher não é humano. Se a minha mãe tivesse "escolhido", talvez eu não tivesse nascido. Mas agora as pessoas acham-se no direito de fazer tudo".

in RAIMUND HOGHE EM SERRALVES "Em palco, o meu corpo é uma anormalidade" por Inês Nadais, Público, 13 de Janeiro de 2007.

sábado, 13 de janeiro de 2007

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"Carta a todos os que se preocupam com a cultura"
«vimos por este meio informar a todos aqueles que acreditam na cultura e na arte como alavanca para o progresso das sociedades, que foi conhecido mais um caso aberrante de proscrição de um projecto artístico que tem vindo a desenvolver o seu trabalho desde 1996. a companhia projecto teatral, formada há precisamente 10 anos por uma equipa profissional de actores e artistas plásticos, pertencente já ao grupo de estruturas subsidiadas pelo ministério da cultura/instituto das artes, ao esperar pela prorrogação do subsídio bianual, recebeu uma carta assinada pelo sub-director do instituto, Orlando Farinha, em nome do actual director Jorge Vaz de Carvalho, dizendo que lhe iria ser cortado o subsídio para os próximos dois anos 2007/2008. os argumentos que usaram para a “decapitação” desta estrutura foram argumentos falaciosos e suspeitos, como o da companhia “não se dedicar a projectos de teatro”. esta consideração, vinda de uma comissão de avaliação de teatro do instituto de maior relevo para as artes, é demasiadamente subjectiva, infundada e perigosa e merece ser debatida por uma comissão mais alargada de indivíduos especializados. questionamo-nos se essa comissão do instituto composta por três júris dos quais a maior parte não vê os trabalhos e desconhece o percurso das companhias que trabalham numa continuidade (por razões até que se prendem com a própria efemeridade dos seus cargos), poderá, de um momento para o outro e sem convocar uma audiência prévia (o que, por si só já é um acto que a lei não prevê), decidir a vida de um projecto sério e dedicado, profissional, e um dos mais importantes dinamizadores de um pensamento sobre o teatro como disciplina artística. (...) esta decisão, que achamos negligente e contraditória, faz-nos interrogar mais uma vez sobre os reais critérios de avaliação do instituto das artes e objectivos dos subsídios do ministério da cultura: para que servem afinal os apoios estatais para a cultura? não serão para fomentar valores artísticos e culturais que, de outra forma, não teriam lugar? ou apenas se dirigem a projectos de sucesso adquirido cujo principal objectivo não é o da reavaliação e questionamento desses mesmos valores mas sim o de angariar o maior número de receitas de bilheteira? (...) como compactuar com este episódio igualmente primário e tão pouco democrático em amputar uma companhia (...) que tem representado portugal no estrangeiro, para além de ter recebido o prémio acarte (...)? apelamos, então, a todos os artistas (...), assim como a todos os programadores, jornalistas e cronistas, como a todos os simpatizantes que acreditam na diversidade de propostas culturais e no enriquecimento que estas imprimem na identidade cultural de um país, que assinem esta petição de forma a demonstrar o descontentamento que esta atitude provocou na classe artística portuguesa. salientamos que este é só mais um caso de limpeza, entre outros, e o primeiro de muitos que estarão para vir a projectos que não se destinam às “grandes massas” mas que têm uma função específica de formação de mentalidades tão importante para o crescimento intelectual e artístico de uma sociedade. »
(excerto escolhido pelo Roger)
Assinar aqui

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Workshop C.E.M O Avarento

One Art—Elizabeth Bishop

The art of losing isn’t hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother’s watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.

—Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan’t have lied. It’s evident
the art of losing’s not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.


2ª Aula: Levantamento dos temas de pesquisa

Os Mapas Geograficos da vida e das relações
Ironia/ Humor
Capitalismo e poder/ Amor
Sexualidade/ Mentira

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Estreia Sexta-Feira

Quarteto

“O declínio colectivo no gelo da entropia só compensa depois da História acontecer, ou, politicamente resumindo, no clarão atómico que será o fim das utopias e o começo de uma realidade para além do ser humano.” Heiner Müller, 1985

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(fotografia: Ângelo Fernandes)

1, 2, 3.
Começar.
Não do inicio, mas em cima de destroços. De todas as contagens que já houve. Daquilo que já ruiu ou ameaça ruir. Um muro, um ideal, uma utopia. Seja o que for. Fazer um ponto da situação. Abrir o campo de batalha para mais um corpo a corpo. Outra vez. E outra vez, também, ganhar ou morrer. Abolir a Convenção de Genebra. Nesta Guerra vale tudo. Aqui não há mesa de negociações, nem cessar-fogo possível.
Sempre houve homens e mulheres, pela razão natural, e sempre houve guerras entre eles, por razões tão complexas quanto os referentes. E relações emocionais, culturais, sociais, éticas, históricas, também. Onde estamos, neste momento? Sem ficar agarrado à História, ao que já passou, a uma cultura amontoada, a motivos que justifiquem tudo. Hoje, mesmo. Olhando de cima, para os planaltos: misturar tudo, relacionar lugares, datas, nomes – construir o nosso próprio Rizoma.
O que fica quando as ideologias morrem? De onde se retoma? Como é que nasce a ideia de que alguém decidirá por mim? Ou que posso ser eu a decidir por alguém? Quem manda? Quem quer mandar? A melhor maneira de encontrar a vítima é procurar alguém com sangue nas mãos. O sangue já não é a prova do crime, o assassino ataca de longe, friamente, enquanto as vitimas sujam as mãos para estancar a hemorragia.
Um homem e uma mulher em jogos de sexudução. Um novo terrorismo – o das emoções – sem espaço mediático ou reuniões de concelhos de segurança mas onde também há atentados, reféns e usurpações. Aqui não há bons nem maus, há ligações que são perigosas.
Este espectáculo nasce daí, do construir a partir dos escombros de um terrorismo emocional.
3,2,1.

Ficha Técnica e Artística
Co-criação e interpretação: Cláudia Jardim e José Gonçalo Pais
A partir do Texto de: Heiner Müller / Tradução: Cláudia Jardim e Victor Gonçalves a partir da tradução francesa de Jean Jourdheuil, Béatrice Perregaux e da tradução inglesa de Marc von Henning / Fotografias do cartaz: Rodrigues / Fotografias de cena: Ângelo Fernandes / Grafismo: Triplinfinito / Direcção de Produção: Pedro Pires

12 de Janeiro a 3 de Fevereiro no Hospital Miguel Bombarda
4ª a Sábado às 22h00
Reservas: 21 726 92 25 / 91 854 50 70 / producao@teatropraga.com

Workshop C.E.M. O Avarento

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Sobre o Poder

8 de Janeiro 1ª Aula:

Leitura da peça de Molière O Avarento
1ª Proposta dramaturgica: Levantamento individual das questões que constituem os Leitmotivs da peça.

Obs: Grupo de alunos composto essencialmente por actuais ou ex-alunos de Escolas de Teatro do país: E.S.T.C, T.E.C e C.I.T.A.C.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Workshops

Dois Workshops a partir de O Avarento de Molière

Este workshop tem como objectivo a participação de jovens criadores ainda em formação na montagem de um exercício teatral a partir da obra “O Avarento” de Molière, pressupondo um discurso contemporãneo numa relação/confronto com um clássico da dramaturgia mundial.

no C.E.M.
com Cláudia Gaiolas e Sofia Ferrão
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Este workshop vai ter uma apresentação pública do resultado final.
De 08 de Janeiro a 28 de Fevereiro - 16 Sessões
Segundas e quartas - Das 21h00 às 23h30 - Máximo: 15 alunos
Apresentação Final a 3 de Março - Preço 120€
CEM - Rua dos Fanqueiros, nº150, 1º andar, Lisboa
Secretaria: 21 887 1917 ou 91 611 8470 (9:30 às 21) /
Email: info@c-e-m.org
ver mais em www.c-e-m.org

no CENTA
com Patrícia da Silva
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Destinatários: jovens criadores ainda em formação
Calendarização: de 3 a 25 de Janeiro, com três sessões por semana em horário pós-laboral. Inscrição: 15€
CENTA - Tapada da Tojeira, 6030 - 006 Vila Velha de Ródão
Telf. +351 272 541 080/ Fax +351 272 545 314/
Email: centa@mail.telepac.pt
mais informações em: http://www.centa-tojeira.blogspot.com