terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Workshop O Avarento - CITAC

Dia 8 – 14/02

Começamos com alguns materiais que algumas (poucas) pessoas foram trazendo. Objectos pessoais, textos, imagens e outras coisas…

O Gil trouxe uma gravata de uma das personagens do wrestling, objecto de colecção.
A Li trouxe também alguns objectos, itens de sex shop.
A Ana trouxe uma letra de uma canção da Lisa Germano.

“A couple of schizophrenics /A couple of schizophrenics /Trying to figure out which one is which /And what and where is home”

Comentário do Gil:

Roses are Red, Violets are blue
I’m a schizophrenic, oh you are too…

Fazemos um exercício prático recorrendo à noção de “persona”, já discutido anteriormente. Uma “persona” como o resultado da interacção de uma pessoa com um determinado contexto (o performativo neste caso).

Música do Discotheater, e vários minutos de deambulação pelo espaço sem objectivo preciso a não ser pensar nessa relação.

Interrompemos para fazer um jogo de perguntas à la Quizoola!.

Fazes nódoas negras com facilidade?
Como é que se formam as nódoas negras?
Já ficaste bêbedo com Whisky?
Estás a controlar?
De onde é que vem toda essa violência?
Estás-me a esconder alguma coisa?
Achas que o teatro é revolucionário no sentido em que atrasa o tempo produzido?
Tens alguma doença séria? (Amor não conta.)
Se tivesses de ser agarrado a uma droga, qual escolherias?
Qual a posição que o dinheiro ocupa na tua vida?
Qual é a relação entre a arte e o dinheiro?
Qual é o teu preço?
Descreve as diferenças entre pais e filhos.


As respostas poderiam ser verdadeiras ou falsas.

Voltamos às improvisações e a mais música do Discotheater, desta vez as “personas” interagem umas com as outras. O resultado é bizarro. Alguns insistem em fazer farsa, com gestos e tiques. Muito fingimento (beijos, pancadaria e situações relacionadas com a peça). Outros ficam à toa, muito auto-conscientes. Outros tomam o espaço para si, e muito bem. Num misto entre a consciência e a ficção do seu corpo no espaço.

Conversa. E chegamos a algumas definições. Exemplos:

Um Harpagão - Charles Manson em oposição a um Harpagão - Hitler.
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Uma Elisa egoísta, calculista e dissimulada.
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Um Valério que lhe segue as pisadas.
Um Cleanto apaixonado pela heroína.
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Uma Mariana rebelde em busca do amor.