Dia 17 – 28/02
Os grupos continuam a trabalhar em bom ritmo. Descompassado mas bom.
O CITAC parece um verdadeiro estaleiro. Os grupos a trabalhar em simultâneo num espaço tão reduzido provocam o caos.
Há grupos que se encostam às paredes e conversam.
Há grupos que desesperam.
Há gente pelas ruas de Coimbra a dar espectáculo.
Há grupos à procura das palavras certas.
Há gente nas “técnicas” do CITAC a tentar furar pelo meio do lixo.
Há gente no armazém do CITAC a experimentar perucas.
Há gente a vestir roupas inacreditáveis.
Há grupos que parecem padecer da tal “preguiça performativa” do Rogério Nuno Costa.
Há grupos que parecem contagiados por ideias bizarras e maravilhosas.
Há grupos a jogar playstation.
Há gente a fazer cenas em cantos.
Há gente a pedir silêncio para se poder ouvir o som abafado de uma câmara de vídeo digital.
Há grupos a lutar contra o Molière.
Há grupos a despedaçar o Molière.
Há grupos a reescrever o Molière.
Só não há grupos a aborrecer o Molière. Nem a mim.
Frase da noite: Mas o que é que não entra neste espectáculo?!
Everything but the kitchen sink.
Podia ser o subtítulo do espectáculo.