Por Kalina Stefanova
Culturgest, Lisboa, 7 Setembro, 18h00
That night follows day, de Tim Etchells. Fotografia de Delphine Coterel
Seguindo a estrutura de uma história pessoal, recontando uma busca que por todo o mundo se faz de um ideal de crítica, esta conversa irá, ao mesmo tempo, investigar as diferentes realidades da crítica. Com uma abordagem claramente pessoal e com sinceridade, pretendo inspirá-lo, instigá-lo e estimulá-lo a perseguir o seu próprio sonho sobre o que a crítica devia ser, e torná-lo realidade. Por outras palavras (e num outro nível de comunicação): esta conversa procurará despertar a nossa propensão inata para o idealismo, bem como a sua necessidade – este raro traço humano romântico de que o nosso mundo tão prático está cada vez mais terrivelmente necessitado.
Kalina Stefanova Ph.D. Professora Associada da National Academy of Theatre and Film de Sofia (Bulgária). Crítica e investigadora, foi vice-presidente da Associação Internacional de Críticos de Teatro e é responsável pelos simpósios da Associação. Os seus livros sobre teatro, nas áreas da dramaturgia e políticas culturais, estão editados em quinze países.
Kalina Stefanova apresenta-se a convite do crítico Tiago Bartolomeu Costa no âmbito do 4.º aniversário do blogue O Melhor Anjo (http://www.omelhoranjo.blogspot.com/).
Para mais informações: 95 550 9 550 / 21 790 51 55 / culturgest@cgd.pt
Excerto de Pode a crítica teatral ser pós-dramática?, publicado na OBSCENA – revista de artes performativas #1 ( http://www.revistaobscena.com/revistas/obscena01.pdf)
"Entendo perfeitamente que a grande maioria dos fazedores de teatro se queira libertar das definições críticas porque são geralmente restritivas e simplesmente "sufocantes". Se as definições podem funcionar como fardas, como podemos esperar que um grande encenador se contente em ser apenas "um pós-modernista", quando existem tantos outros que são rotulados dessa mesma forma? As definições, especialmente quando são constituídas apenas por uma ou duas palavras, tendem a ser bastante planas, ou seja, incongruentes em relação à natureza tridimensional do teatro. "