A propósito da minha encenação de ópera, o espaço Llansol (supostamente coordenado por João Barrento e seus lacaios) publicou uns textos de fino recorte literário e educativo). Em breve terão a resposta (não estou a falar da morte que cavalga a caminho). Aqui estão as citações (para mais barrigadas de riso, consulte esta coisa:
1.
"A METANOITE DO e. t.
Um dos últimos acontecimentos culturais relacionados com a Obra de Maria Gabriela Llansol foi a estreia da ópera de câmara Metanoite, no âmbito do Fórum Cultural do projecto «O estado do mundo», na Fundação Calouste Gulbenkian. A ópera, com música de João Madureira, libretto de João Barrento e uma encenação que anulou estes dois ingredientes essenciais, pôde ser vista no Grande Auditório nos dias 29 e 30 de Junho passados.
A auto-encenação de Metanoite na Gulbenkian foi engendrada por um rapaz, de seu nome André e. t. (ver mais aqui), e é narcísica, egocêntrica, megalómana, arbitrária, absurda, abusiva e ruidosa a todos os níveis. Não entendeu nada do libretto, mistura-o abusivamente, em projecções paroxísticas de texto sobre vidro que cegam o espectador e lhe desviam a atenção do que é importante, com o seu próprio palavreado po-mo pretensamente culto ou erudito, meteu-se a brincadeiras de mau gosto com o nome de Maria Gabriela Llansol, enfim, conseguiu anular completamente a música de João Madureira (pode ouvir algumas obras deste compositor aqui). Êxito em todas as frentes, portanto, tiro na mouche para quem apenas busca promoção pessoal. Mas a fumarada não impede que se veja como foi tudo fogo de artifício para confundir e épater.
Reproduzimos aqui os textos escritos pelo compositor e pelo autor do libretto, que dão a entender como o espectáculo poderia ser, mas não foi, um encontro de vozes e de linguagens em convergência, no espírito do texto original de onde tudo partiu (as montagens são de fotos dos ensaios). E remetemos os interessados para o oitavo caderno da série «Jade–Cadernos Llansolianos», editados pelo Espaço Llansol, onde se pode encontrar a versão original do libretto:(...)"
texto: anónimo
2.
"O olhar narcísico de Vera Mantero perturba, ao pretender «encenar» o Texto, recriando a figura da «mulher que não queria ter filhos de seu ventre» (O Livro das Comunidades, p. 11), mas com isso a fazer-se «centro de cena», impondo à Voz textual a sua própria voz — um narcisismo análogo ao que se viu na encenação recente, por André E. Teodósio, da ópera Metanoite, baseada no texto de Llansol, com libreto de João Barrento e música de João Madureira."
texto: Cristiana Vasconcelos Rodrigues