For/Para Steiner e Eugénia Vasques (elaborado algures entre Lisboa e Colares)
English:
As we are living in a non-ideological era (the hegemony of cap.) i.e. no one wants to burn their hands or be accused of being totalitarian, can't we read the rise of the category "co-creation" or "collective" (already from the 90's) in the art creation groups parallel and symptomatique to the rise of the anonymity (or the figure of the anonymous) in the difficult times of humanity. And I am not talking here about the label 'anonymous' applied whenever we are uncertain of a certain authorship; what I am referring here is to the deliberate person wanting to remain anonymous. The person not willing to sacrifice their name (and visage) i.e. alphabet and image.
Isn't it already time to kill all these so-called "collective" and/or "co-creation" groups due to their wimpyness?
Should the author come forward and sign with blood and authority the kernel of the performance?
Or is it that "collective"/"co-creation" still remains a utopic and therefore necessary performatical state that may, one day, result in retrying to pursue the path of the homo faber that was overpassed one day by the homo stupidus?
Português:
Estando nós a viver numa era pouco ou nada ideológica (a hegemonia do cap.) i.e. ninguém quer queimar as mãos nem ser acusado de totalitário, não é de ser lido o aumento da categoria "co-criação" ou "colectivo" (pelo menos já desde os anos 90) nos grupos de criação artística symptomatique e a par do aumento de anonimato (ou da figura do anónimo) nos tempos dificeis da humanidade. E não me estou a referir ao uso da categoria "anónimo" quando se desconhece uma autoria; estou a falar do caso de autores que desejam de livre vontade manter-se anónimos. Alguém que não deseja sacrificar o seu nome (e rosto) i.e. escrita e imagem.
Não é já tempo de matar esses grupos "colectivos" ou de "co-criação" absolutamente cobardes?
Deverá um autor avançar e assinar com sangue e autoridade o nucleo de uma performance?
Ou será que um "colectivo"/"co-criação" continua a ser um Estado performático utópico, e logo absolutamente necessário, que poderá um dia resultar na continuação do caminho outrora aberto pelo homo faber que foi tragicamente dominado pelo homo stupidus?