terça-feira, 24 de junho de 2008

ZZTop


Acabei de receber um exemplar do Lacrimae Rerum do Slavoj Zizek que está a ser editado pela Orfeu Negro (oferta da casa). Ainda não está à venda. O T.B.C. como mensageiro da editora também me ofereceu a Obscena (oferta da casa).
Sobre o livro: Já tinha lido os textos noutras edições, mas trata-se de uma óptima colecção de textos que cu$to$amente se encontram na amazon.com/uk. (A tradução é correcta e bela, sim, bela e fluída, mas peca por usar conceitos de 'outras filosofias'. Ai os espanhois que nos aiudam tão pouco!) Mas é um Zizek antigo. Não é o Zizek do Parallax View (e ponho o Violence de lado, porque isso é claramente um trabalho $ocial) nem do In defence of lost causes. Portanto, e bem sei que vai vender muito, dizia eu, portanto
a) quem vai ler este livro do zz sem o ter lido antes, não vai perceber nada
b) quem já o tinha lido antes, já tinha tido 'as ganas' de comprar estes livros.
Mas vai vender muito porque vale sempre a pena (intelectualmente) ler o homem que 'everybody loves to hate'.
Sobre a revista: Esta é uma pedrada no charco editorial. O expresso mais curto, o Y ?, o DNuhh; como o Frazão bem notou, páginas e páginas agendadas pela industria do entretenimento que ignoram as poucas cabeças sãs. Well, eu agora só quero ler a Volume (aqui) lançada pela Inrockuptibles, e a Wire e pouco mais. Voltando à obscena: nova capa, mais bonita (embora a foto seja a de um espectáculo que eu tanto odiei, não foi Clara! io eshetet kivanok), e recheada de pérolas. Começando num texto da Mónica Guerreiro que demonstra bem como ela sabe muito bem o que anda a fazer (Olga, queres a chave ou o dinheiro, a chave ou o dinheiro, a chave ou o dinheiro?) i.e. "Eu avisei-vos" Lenine, passando pela entrevista inexistente ao Ministro, uns "Vai ler!", zum-zum zum-zum, viro páginas, um Miguel Magalhães tam
bém lúcido, viro páginas (estou a fazer isto para poder postar), depois lá vem o tal espectáculo, mais uns anúncios ÓPTIMOS, os discos do Luis, a nostalgia da Eugénia (também eu tenho, em 90 vivia eu nos States onde já se editava o Slavoj, enfim, outros tempos...outros tempos), um texto da mala voadora que explica tudo, João Carneiro + Sophie Calle, Elisabete França ajuizando sobre o documentário teatral de Raquel Freire (não nos chegava já o Rasganço?), um conto do A.P.R., e de novo o Slavoj Zizek, volto ao Slavoj Zizek.
E para mim, ZZTop.