sábado, 20 de setembro de 2008

Hoje, na Praça

Chega ao fim a nossa residência na Praça D. João I no Porto,
processo desenvolvido no âmbito do FIMP 2008.
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Estivemos durante uma semana a pintar cercas, a pregar e martelar, a percorrer as ruas do Porto à procura de merdas, a ir ao AKI 30 vezes por dia, a chagar a cabeça uns aos outros, a entalar pés debaixo de estrados, a ter conversas conspirativas na Residencial Aviz, a comprar bolos feitos de gomas, a ler Sloterdijk, a comer (ora muito bem ora muito mal) e a obter o bronzeado que o Verão nunca chegou a providenciar.

às 22 horas apresentamos o resultado final.
Chamamos-lhe Público-Alvo.

uma co-criação de André e. Teodósio, Cláudia Jardim,
José Maria Vieira Mendes, Patrícia da Silva e Pedro Penim.
com a participação especial de Isabel Alves Costa e Rita
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Se o “retorno à Natureza” nunca foi possível, não vale a pena fingir que umas vezes estamos ao ar livre e outras não. Celebremos então, uma vez mais, o terreno que os homens pisam, na senda dos madeireiros pouco amáveis da Amazónia, dos implacáveis arpoeiros islandeses ou dos resistentes habitantes dos Países Baixos, e façamos mais uma missa em honra do Dr. Frankenstein (o novo Dionísio) porque “Deus dá nozes, mas não as parte”.
Simulemos, num espaço a meio caminho entre o aeroporto, a estação e o estádio, a mítica (porque extinta) luta entre Physis e Anthropos, entre a Natureza e o Homem.
Os actores estão escolhidos. O desastre é inevitável. O público-alvo que se atreva a aparecer.

produção: Pedro Pires e Joana Gusmão
execução do guarda-roupa: Mestra Teresa Louro
co-produção: Teatro Praga / FIMP 2008
agradecimentos: Isabel Alves Costa, Família Gusmão, Bombeiros Voluntários do Porto, Teatro Nacional São João, Salvador Santos, Francisco Leal, Joel Azevedo, Carlos Miguel, Casa da Música, Olga Vieira - Museu do Carro Eléctrico, André Godinho, Helena Borges, António Grave, Dona Ana, Sr. Rui (Pingo Doce), Equipa FIMP 2008