quarta-feira, 6 de maio de 2009

Feira do Livro

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Livro 2
Péricles, uma nave enviada ao planeta Júpiter, aterra de emergência no aeroporto Kennedy. Mata umas quantas pessoas, fere outras tantas. O nosso herói, Dr. Bertolli, Sam Bertolli, interno do hospital Bellevue e ex-militar (“deixei o exército quando percebi que o meu trabalho era distribuir armas e não ajudar as pessoas”), de serviço no acidente, é o primeiro a socorrer o único tripulante a sair cambaleante da nave para morrer pouco depois, já no hospital.
A nave trouxe consigo uma praga que vai alastrando por Nova Iorque. Uma doença que não se transmite a princípio de homem para homem, mas apenas do humano para as aves e das aves sim para o humano. Mas o vírus da doença de Rand vai-se desenvolvendo (alfa, beta, gama…), crescendo, multiplicando e a meio do livro já se transmite de pessoa em pessoa por dá cá aquela palha. Isto ao ponto de Nita, a perspicaz e atraente patologista por quem Sam se apaixona em vinte páginas (o primeiro beijo é por volta da 50), ser também ela apanhada. E não existe cura.
As Nações Unidas começam por propor uma exterminação da bicharada. Depois, dinamitar um perímetro de segurança à roda de Nova Iorque, e por esta altura já estão numa de bombinhas nucleares e matar toda a gente, visto que nada parece deter o vírus. Nada, a não ser o nosso herói.
Sam, neste momento perseguido pela polícia por desobedecer às ordens do seu superior hierárquico, vai tentar entrar na Péricles a fim de encontrar a bactéria original que lhe permita produzir o antivírus e assim salvar a sua amada da morte certa.
Eu acredito no autor, Harry Harrison, porque ele usa palavras como antipirétco, fibrilação, injecção subcranial, vertijactos, nefrose, furunculose e piemia. E tem diálogos assim:
“- Vou passar-lhe uma receita, doutora – exclamou Sam, mostrando um frasco com um líquido cristalino. – Sabe o que é isto?
- C₂H₅OH.
- Correcto, álcool etílico, vejo que frequentámos ambos a mesma escola.”
Sugiro, em particular, as páginas 126 e 127 (“Não podes criticar as pessoas por terem emoções, Sam... não passamos todos de ser humanos.” etc.) e estou com esperança nas páginas que me faltam.
O melhor para o fim: um euro e meio (!) na Livros do Brasil.