quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Biblioteca

Ontem fui à biblioteca da universidade e trouxe, só para experimentar:
Ibsen, Hedda Gabler
Avital Ronell, The ÜberReader
Howard Hampton, Born in Flames
J. Butler and G.C.Spivak, Who Sings the Nation-State
Allen S. Weiss, The Aesthetics of Excess
Só para experimentar.
Estou a terminar o último da lista. Um livro de 1989, professor nova-iorquino, pega no Surrealismo e Vanguardas americanas dos finais de 60, princípios de 80. Como eu é mais Dada e me apresento como Clássico Mentiroso (ou será Falso Vanguardista?) apreciei notar a família de pensamento a que tais tempos levam – Sade, Artaud, Bataille, Dali, Merleau-Ponty… – e satisfiz-me por ficar a saber que em 1771 o Abbé Dinouart publicou uma Arte de se calar (L’Art de se taire), retórica do silêncio que vem antes de muita coisa. Além disso, tomei nota de um pedaço da Segunda Meditação de Descartes, talvez porque como a minha cabeça anda, parece que tudo pode valer a pena.
Em inglês li, em inglês a reproduzo:
“If I chance to look out a window on to men passing in the street, I do not fail to say, on seeing them, that I see men, just as I say that I see the wax; and yet, what do I see from this window, other than hats and clothes, which can cover ghosts or dummies who move only by means of springs? But I judge them to be really men, and thus I understand, by the sole power of judgement which resides in my mind, what I believed I saw with my eyes.”