quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Workshop O Avarento - CITAC

Dia 1 - 05/02

Primeiras impressões:

Uma black box a fazer lembrar o Blue Elephant Theatre ou a Casa de Teatro de Sintra.

50 anos de história (revolucionária) em cima desta pequena sala. “Cool Vibes, why don’t you kill me?”

Passaram por aqui nomes como: Yvette Centeno, James Coleman (!!!), Isabel Carlos, Ricardo Pais, Sinde Filipe, Emílio Rui Vilar, Nigel Rolfe, Ernesto de Sousa, Vítor Garcia, Ricardo Salvat, Paulo Castro, Hélder Costa, Carlos Avilez, Luis de Lima, António Barreto, Alberto Pimenta, Carla Bolito, Nuno Cardoso, Nuno Pino Custódio, os Visões Úteis, a PIDE (que fechou e perseguiu o CITAC em 1970), etc.

Na parede uma mensagem do meu ex-colega de conservatório Tiago de Faria, que já não vejo provavelmente desde essa altura, e que foi o anterior formador deste grupo.

“Na nossa forma de trabalho encaramos o texto através do corpo. Nunca nos sentamos a discuti-lo.” (Jacques LeCoq)
Muita merda para além das teorias.

Hmmmm… “There may be trouble ahead?”

Como é óbvio, sentamo-nos a discutir. Havíamos de fazer o quê?!

17 alunos, novos “citaquianos”.
A saber: Pedro (Medicina), Filipa (Medicina), Gil (Designer Gráfico), Margarida (Escultura), Talita (Literaturas e línguas estrangeiras), Tessa (Estudos Europeus), Liliana (Turismo), Su (Professora de Ed. Musical), Dana (Jornalismo), Zé (Medicina), Mariana (Jornalismo), Marta (Direito), Zékinha (Artes), Manel (Geografia), Maria Inês (Design de Comunicação), Cheila (Relações Internacionais) e Ana Linda (Medicina).
+ Deus (o Ricardo que está a fazer uma tese de mestrado na área de Antropologia)

Os médicos lideram.

Falamos, falamos. Sobre mim e o Teatro Praga: responsabilidades partilhadas, liberdade do actor, Teatro como edifício cheio de (…), muita discussão, muitos materiais para partilhar, autor vivo/autor morto, morte às personagens, prazer. “Ter sempre a certeza da dúvida.” Umas caras assustadas outras contentes por não fazermos exercícios de descontracção, energia e concentração. God forbids.
Surge a pergunta da noite: “Mas isto vai ser uma anarquia?” Claro que sim/não.

Fun.

Intervalo de 15 (!!!) minutos para fumar. Pelo menos não se fuma dentro da sala. Desconfio que é medida dos anos 90. Bem haja.
Fico a saber que o CITAC vai marchar pelo “Sim”. Com performance pelo meio. Eu e a Rita lá estaremos na Sexta-Feira. Ela com maior propriedade sobre o assunto.

Leitura dos dois primeiros actos de O Avarento de Molière. O Manel (que é francês) não percebeu metade e passou a seguir a versão original. Fica certamente mais bem informado que qualquer um dos outros.
Muitas ligações em J. Como em: as(j)outras. Aparentemente é comum por estas paragens. Sinto-me em Faro.
Fora isso: muito entusiasmo.
Cool Vibes.