Turbo-folk. Um nome que surgiu como uma brincadeira e a união de duas palavras um tanto conflitantes: turbo e folk. Modernidade somada ao antigo e folclórico, um termo cunhado para designar um ritmo nascido na Sérvia. O seu autor, um tal de Rambo, fez questão de dizer que se arrependeu um pouco do filho que criou. O rótulo Turbo-folk precisou de alguns anos para pegar. Alguns sucessos na década de 90 marcam o nascimento do ritmo. Antes disso já existiam canções identificadas como música folclórica comercial e na prática fica difícil estabelecer o seu início exacto. A sonoridade se assemelha ao pop ocidental, mas é fruto de uma grande mistura que inclui influências de outros ritmos do leste europeu, além de elementos românicos, gregos, turcos e música eletrónica. O Turbo-folk recebe críticas que vêm de vários lados. Muitos queixam-se da valorização do corpo e erotização presente nas letras e na postura dos próprios cantores. Outros destacam também a apologia à violência. Elementos que podem ser facilmente encontrados noutras vertentes musicais como por exemplo no rap norte-americano. Mas a polémica mais séria envolvendo o ritmo está relacionada com a política. A cantora Ceca, um dos grandes nomes do Turbo-folk, foi casada com Arkan, líder paramilitar sérvio acusado de inúmeros crimes durante a guerra que varreu a antiga Jugoslavia na década de