sexta-feira, 9 de novembro de 2012

BERLIM DIÁRIO (fechar fronteiras) 8

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Quando estou a correr no parque, passo por gente parada, à espera, ou a trocar negócios obscuros que cheiram a erva seca. Para animar a tarde resolvo beber um café com leite. Sinto-me copo de leite. Estou ao rubro. 

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Carta ao filho
As saudades que eu tenho, meu filho, de quando ainda era possível ler-te, de quando ainda falavas connosco, de quando ainda era capaz de cheirar os teus cheiros. Agora oiço-te ao fundo, a gritares palavras trocadas, ou só coisas, ruídos, não sei o quê. Fiquei sem saber o que sentes. Já não sei o que comes. Porque é que não me tentas explicar? Perdeste as palavras? Perdeste o piu? 

Carta ao pai
\. l ppppok7´

Carta ao filho
O que queres dizer com “\. l ppppok7´” ?

Carta ao pai
\. l ppppok7´

(Será que isto conta como diálogo?)

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