segunda-feira, 29 de novembro de 2010
vamos borrar a pintura!
Uma co-produção Teatro Praga, Comédias do Minho e
Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.
O que é que foi a I República? Quantos eram? Quem era? Num período de 16 anos houve 7 Parlamentos, 8 Presidentes da República e 45 governos. São 1000000 anos concentrados em 16. Vivem-se vidas e mais vidas. Mata-se. Dinamite. São os tempos do demasiado. Do excesso. Da rapidez. São histórias e histórias. E se resumíssemos os 16 anos que parecem 1000000 em 60 minutos? E se ultrapassássemos a velocidade da República, da revolução, dos cavalos, das tropas, das guerras, dos governos e parlamentos, dos aniversários e dos foguetes, se fôssemos mais rápidos que todos e para ajudar baralhássemos a ordem, nos detivéssemos no acessório e complicássemos a história? Vamos recusar a linearidade e fazer desenhos, rascunhos. Vamos explicar a República sem explicar. Vamos ser professores ignorantes e trocar os fios à bomba. Não vai ficar nada para contar porque tudo irá sempre ficar por contar. Dois actores, alguns adereços, um quadro onde escrever, umas imagens para ilustrar. Música e movimento. Vamos suar.
Calendário / Itinerância:
Espectáculo p/ Público em Geral
8 e 11 de Dezembro | 15h00 | Espaço Teatro Praga
Espectáculos p/ Escolas
6 a 10 de Dezembro de 2010 | 10h00 e 14h00 | Espaço Teatro Praga
e em Janeiro e Fevereiro no Minho...
Criação: José Maria Vieira Mendes e Pedro Penim
Com: Joana Barrios e Luís Filipe Silva
Cenografia: Bárbara Falcão Fernandes
Produção: Catarina Mendes, Cristina Correia e Pedro Morgado
Para mais informações é favor contactar:
- Espectáculos em Lisboa e no resto do país: Catarina Mendes
Produção Teatro Praga
918 541 945 | producao@teatropraga.com
- Espectáculos no Minho: Pedro Morgado
Produção Comedias do Minho
966 516 236 | comediasdominho@gmail.com
domingo, 28 de novembro de 2010
Hoje e Hoje and that's it folks
Uma vez um amigo elucidou-nos da seguinte evidência: É esta a nossa condição.
A partir daquele dia a Obra ficou completa.
Fomos de Platão a Platoon.
Fomos de Aristóteles a Aristogatos.
Deixámos de ter vergonha de chorar e de sorrir e de cozinhar mal e de pedir aos pais para carregar o telemóvel e de fazer vídeos caseiros para o youtube e de misturar o infortúnio da Torre Bela com o im do Real bigode.
Disseram-nos: Isso é um mito.
Respondemos: Eu não mito!
Somos nós que nos expomos à República e não o inverso.
E nós, adolescentes, somos pela Res publica e pela Res privata como somos pelo
rés-do-chão da realidade.
Porque amor com amor se apaga.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Like a satellite, I'm in orbit all the way around you, Paredes de Coura!
pelo Teatro Praga
texto de Pedro Penim, André e. Teodósio e Martim Pedroso
interpretação de Pedro Penim e José Nunes.
Com Eurovision, é proposto um espectáculo multilingue a três tempos: Passado, presente e futuro; Imagem, Babel e discurso; quadro, fragmento e narrativa; Adão, Europa e razão; solidão, saliva e língua. Um espectáculo de visão particular, um objecto tremendo como a Europa e ao mesmo tempo pequeno como um guilty pleasure.
Centro Cultural de Paredes de Coura
26-11-2010, 21h30
Reservas: 251780124
sábado, 20 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Blockbuster em Viseu
17, 18 e 19 de Novembro
working on this
S: Lucien! Tem de haver uma crítica séria ao capitalismo, uma crítica que não fale de valores que se perderam, como fazem os pequeno-burgueses da direita radical! Uma crítica que não acredite numa economia de mercado moralmente correcta, como faz a esquerda! Não, uma crítica de esquerda ao capitalismo não pode actuar com moral mas sim com um pensamento contraditório.
T: Lucien! Não se trata de nos indignarmos com a falta de integridade moral. Isso não é crítica. Pode ser muito divertido indignarmo-nos com isso, mas a indignação não nos leva a lado nenhum.
É suposto essa indignação ser um conteúdo?
René Pollesch, Um coro engana-se redondamente
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Eurovision em Alcanena
Destinado a maiores de doze anos, e com uma duração aproximada de 60 minutos (sem intervalo), este espectáculo tem uma lotação máxima de 60 espectadores. Como habitualmente, os bilhetes, no valor de 5€, podem ser reservados através do telefone 249 889 115 ou do e-mail bilheteira@cine-teatro.alcanena.ptEste endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar .
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
And this...
- Tu nem imaginas!
- O quê?
- O que aconteceu-
- O que é que aconteceu?!
- Mataram o rei.
- Não acredito.
- É verdade.
- Mas mataram como?
- Sei lá. Queimaram-lhe o cabelo, não sei. Acho que também as sobrancelhas. Acho que lhe queimaram os pêlos todos. A pele toda… olha não sei.
- Não pode.
Queres que te faça um desenho?! (próximo espectáculo Teatro Praga)
working on this
"K: Se este texto diz Não, porque é que tenho de o alimentar com a minha carne e o meu sangue? Onde é que está a radicalidade? Se estás permanentemente a neutralizar aquilo que te acabou de ser apontado como um problema, se estás permanentemente a transformar o problema num pequeno problema, a pedir ajuda à tua máquina de impressionar que não pára de produzir desespero que eu devo achar que é meu mas que é apenas a disciplina deste corpo…
C: Por isso é que não é possível fazer a negação no palco senão enquanto gesto de uma máquina de impressionar. Eu nem sequer posso dizer que Não quando este cabrão me quer dar um estalo.
S: Não, eu tenho um problema específico mas nós ocupamo-nos é do grande problema. E tu não reparas que estás a transformar todos os grandes problemas – um Não à vida, por exemplo – em problemas pequenos. Graças a essa tua máquina de impressionar. Só que eu quero disparar sem sentimento o meu Não, eu não quero estar ao serviço do grande Sim. E a Direita acha que é um delito e a Esquerda acha que não faz sentido.
B: Queres voltar a ser jovem, é isso? Queres voltar a representar a radicalidade passada, voltares à subversão do antigamente! Sem teres de te empenhar muito! (levanta o braço)
K: NÃO! NÃO! Não é isso, a minha revolta está sempre a ser banalizada por uma merda de um leite condensado e por esta ideia miserável de pertencermos todos uns aos outros, como se não pudesse haver desespero para lá disto aqui, para lá daquilo que todos partilham. Eu quero disparar sem sentimento.
B: Então dispara, então dispara lá sem sentimento!
K: Não, não. Estou a ser permanentemente neutralizada com psicologia e com moral! Que raio de circo é que vem a ser este, que raio de moral e psicologia é esta? Que é suposto servir para lutar contra a razão de tudo isto, esta máquina de impressionar que neutraliza o desespero total e que actua sempre como se só tivéssemos um pequeno problema que volta hoje a ser notícia, só que eu não tenho PEQUENO PROBLEMA NENHUM! Estamos a lidar com o quê? Uma máquina de neutralização! Eu sou a Liv Ullmann, não podem fazer isso comigo!"
René Pollesch, O amor é mais frio que o capital