quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

If you wanna kill us, we'll be here

House
Que eu em 2009 continue a pertencer à geração rasca.

My List

Para não entrar em conflito com a lista do Teodósio (o concerto é o mesmo, os filmes os mesmos, etc) e para fazer uma coisa mais prémios Nova Gente / APCT / Sete de Ouro (old dusty stuff):

Actriz do ano: Luz da Câmara (Juanita Castro)
Actor do ano: Álvaro Correia (Juanita Castro)
Espectáculo do ano: Juanita Castro (Miguel Loureiro) / Strange Fruit (Cão Solteiro) / Coisas Maravilhosas (Tiago Guedes)
Revelação do ano: a minha afilhada Joana Barrios
Livro do ano: Ética Prática (Peter Singer)
Canção do ano: Divine (Sebastien Tellier) / Mansard Roof (Vampire Weekend) / Walcott (Vampire Weekend) / L.E.S. Artistes (Santogold) / Black and Gold (Sam Sparro) / Heartbeat (Nneka) / Girls Gone Wild (Captain Ahab)
Programa de televisão do ano: DEXTER

Praga man of the year: José Maria Vieira Mendes

Censurado

A crítica: aqui.

A minha resposta.
D.R.

“Senhores, claro que têm toda a liberdade para publicar a vossa critica – mas senhores, tenham também a liberdade de aceitar que vos alinhemos contra uma parede e que disparemos sobre vós.”
Resposta de Lenine aos Mencheviques

Os críticos estão sempre a desejar respostas dos artistas. Pela primeira vez respondo a uma crítica, aquela de Cristina Fernandes publicada no dia 24 de Dezembro de 2008 com o título “Nem só de música vive a ópera”, por a encontrar pessoalmente agressiva, insultuosa e com uma vontade (ou capacidade) de análise artística bastante primária. E respondo no mesmo tom em que fui insultado, por uma simples razão: temo pelo Futuro (não pelo meu, atenção, tenho a vida mais que assegurada).
As erratas deste jornal são comummente intituladas “O Público errou”. Neste caso podemos dizer: o Público errou... mas sob a forma de Cristina Fernandes e do seu texto.

1) Começa a crítica do espectáculo por definir o meu texto do programa (paradoxal!) de “pretensioso”, pleno de “intenções interpretativas” que ofuscam, revelando “uma temerária ambição”. Folgo em saber que a autora tentou encontrar no meu texto (pretensioso? Haveria de ler um livro de Hegel! Ou Kant!) respostas. Mas quem Pensa sabe que não há respostas. E há uma razão para isto: ser-se humano implica um investimento de sentido nas coisas. Quem busca respostas como se existisse o grande Manual de Instruções não é um ser humano na sua plenitude cartesiana. É um devoto. E todos sabemos o que os devotos têm feito à humanidade ao longo da história. Não culpe o texto de ser pretensioso por não ter tido capacidade de o entender e concentre-se no espectáculo.

2) Passa dos insultos pessoais para o boicote sempre com o ódio na mira (e recorrendo a muitas questões que já desde Heidegger julgávamos respondidas). Começa por definir a cenografia como sendo “muito pouco atraente” (e se é verdade que o Belo deveria ser Medida-Mestre do mundo, também é verdade que tanto a autora como o seu texto nunca passariam no teste), e acaba por nos dar um conselho de resolução cenográfica para que o espaço “funcione”: este deveria ter delimitações “por patamares”. Obrigado. Mas quem Pensa sabe que a Arte não tem de funcionar, de ser eficaz. Ela consome-se gratia sui. É tal história do investimento de sentido. Eficácia é um critério para indústrias e para a secção de Economia. Não somos uma fábrica.
Quanto aos conselhos, que pena não ter prosseguido. Tenho a certeza que aos “patamares” acrescentaria elevadores de cena, velas e purpurinas. Não, Cristina Isabel, não somos pirosos. Também lamentamos. Imaginava “uma casa sombria”, em cena? Só que a Cristina não deve/tem de imaginar. E muito menos segundo imaginários estafados e obedientes a uma ditadura invisível de arquétipos. Bem sei que assim é mais fácil esquecer-se de quem é, mas acontece que se nos esquecermos todos de quem somos tornamo-nos zombies. Zombies é coisa de que gosto, sim, mas nos telediscos do Michael Jackson. Em “Outro Fim” a Cristina não tem de imaginar, deveria reflectir. Mas como não consegue, imagina.
Como se não bastasse, repete idênticos erros formalistas quando por exemplo se refere aos papéis, que por vezes cobrem a cara dos intérpretes, como “simbologia”. (Mas a Cristina sabe alguma coisa em particular ou é tudo em geral? Simbologia? Isso é coisa de Faculdade). Quanto muito poderiam ser símbolos ou metáforas, mas nem sequer disso se trata (não lhe vou explicar porquê, mas poderá ler em qualquer livro de semiologia). São só mesmo papéis colados na cara. E são ineficazes, são, ou seja, não significam o que a Cristina quer que signifiquem mas podem significar o que a Cristina quiser que signifiquem. (São muito feios os críticos que culpam os criadores demitindo-se de ter qualquer tipo de responsabilidades nas opções tomadas).
Continua o seu “lamento” referindo a não credibilidade das personagens, que se movimentam espacialmente “sem motivo aparente”, que até “a didascália do libreto é pouco respeitada”. Pigarreio e concluo destas ideias: eis a razão por que Cristina Fernandes nunca se tornou uma intérprete musical (o que para nossa triste sorte resultou que viesse a escrever neste jornal).
Lição número um: Nada no mundo é linear, e sobretudo no acto de criar é a megalopsychia que lidera. Música, literatura, teatro linear são observáveis nos produtos artísticos que passam a mão pelo pêlo, tanto na Ópera-Infantil-Para-Adultos como nos livrinhos de auto-ajuda, na literatura light, no Teatro de Copa, no universo Amélie Poulain. Ainda por cima, desinformada, Cristina acusa o encenador de desrespeitar as didascálias, de lutar contra a música e contra o texto. Primeiro, fique sabendo que em “Outro Fim” ninguém fez nada nas costas de ninguém. Segundo, ao contrário de um pianista-automático (aquele que confunde “interpretar” com “ser um computador”) para um encenador as didascálias são texto a ser interpretado. Só para os tristes e necessitados de ilusão é que as didascálias são realidade linear a cumprir. Nope. Relaxe, é tudo literatura de grande qualidade. É tudo passível de ser interpretado.

Finalmente, e para se provar a dimensão e qualidade desta crítica, a Cristina nem sequer teve a capacidade de analisar a prestação de Madalena Bóleo sem utilização de coscuvilhice e preconceitos (neste caso, padrões de eficácia hegemónica). Segundo a Cristina, o que interessa ao leitor do Público, é que houve uma substituição no elenco (voz, interpretação, corpo, etc., nada disso interessa). Mas o Público é um tablóide musical? Ou será que a falta de conhecimento, a ignorância limitadora, a obrigam a encher linhas com estas informações? Enfim, querido Público, a vossa Eduard Hanslick não domina conceitos como site specific, só analisa formalmente (tem o seu próprio catálogo de padrões) e não tem capacidade de sabedoria conceptual.

3) Acaba o texto com uma ameaça. Cristina gostaria que a ópera fosse remontada numa nova encenação. Eu concordo consigo. E acrescento: deveria ser a Cristina a encenar. Claro que a Cristina nunca iria aceitar encenar. Por uma simples razão: tem medo, pois sabe que como ser humano (na sua vertente artística, entendamo-nos) é absolutamente inútil.
Mas citando os Roquivários, vou ter também o infortúnio de lhe dizer: Cristina, não vai levar a mal, mas (na crítica) pensar é fundamental.

André e. Teodósio

Obras "Favourite things"

AS MINHAS ESCOLHAS (2008)

LIVRO
Ennemis publics
Ennemis Publics
Michel Houellebecq/Bernard-Henri Lévy
Flammarion/Grasset

Tem maldade?
Tem.
Mas ajuda a avançar?
Ajuda.
Para a frente?
Isso não sei.
É de esquerda?
É.
É de direita?
É.
É filosófico?
Também.
É político?
É.
Dá para rir?
Dá.
É em francês?
Claro.
É platónico?
Sim.
E aritotélico?
Hmm..... também.
Portanto é Estético?
É bonito o livro, sim. É o melhor de 2008. E é megalopsyquico porque NÓS NÃO VAMOS PARAR. "A vida não se faz em dois actos. Estamos no começo. Sacrificamo-nos, sim, mas por um futuro. Somos jovens, (..) falamos inglês, somos coloridos, dançamos, temos sangue novo, veias robustas, sabemos pensar, podemos esperar. Eu e tu. Os dois. O mundo é nosso." Zé dixit in Avarento.

FILME
Ex aequo*:
Namban Japan
Namban Japan de André Godinho (ver texto aqui)
e
Speed racer
Speed Racer dos Wachowski Brs. (ver texto aqui)

*ficou fora de competição um Australia 'supostamente megalopsyquico' que não tive tempo de ver.

DISCO
the presets
The Presets
Apocalypso
Modular Recordings

"Quem me conhece i.e. Deus ou outro Grande Outro" sabe perfeitamente que o disco tinha de ser este. Aparentemente a par dos MGMT, do Gonzales, do Sébastien Tellier, dos Cut Copy, dos Black Kids, dos Crystal Castles, dos Vampire Weekend, da Santogold, dos Hercules and Love Affair, dos The Faint, dos 'gone' Ting Tings tentando substituir a pirosa Robyn, dos velhos Sparks (VE-LHOS, VE-LHOS, VE-LHOS!) e da velha Leila (VE-LHA, VE-LHA, VE-LHA!), dos Buraka, dos recentes El Guincho + Gang Gang Dance + High Places, e blá blá blá, os Presets foram os reis (o play count do meu iTunes assim o indica).
Músicas mais escutadas: If I know you + Talk like that.
Músicas menos escutadas: My people + A new sky.
Não tenho mais nada a dizer. Os números mostram tudo (a verdade emerge),

CONCERTO
Sebastien Tellier
Sébastien Tellier
Casa das Artes de Famalicão (14 de Junho de 2008)

Inserido na programação megalopsyquica de Vítor Belanciano, foi o melhor concerto de 2008. Sébastien, lírico e lúdico, envolvido numa pele sonora 3-D vibrante (e tecnológica), seduziu o público (que maioritariamente só queria ouvir a músical oficial francesa para o concurso Eurovisão) entre vinho, suspiros, luzes 'kadokianas', falhas técnicas e piadas políticas.
SÉBASTIEN É CONSERVATÓRIO.


TEATRO

Strange FruitAqui também acabou
Caixa 1. Strange Fruit + Caixa 2. Aqui também acabou
Poço dos Negros, 120 (Julho e Novembro de 2008)
(+ info aqui e aqui).

As rabecas (rabeca chuleira ou rabela ou ramaldeira, é um violino popular de braço curto e escala muito aguda) guincham: SÃO AMIGOS. Para esclarecer: tenho alguns amigos que criam coisas que não me seduzem. E como isso não é um problema, também não tem necessariamente de ser uma mais-valia (apesar de só conseguir ser maioritariamente amigo de pessoas que criam coisas BELAS, sim, belas de beleza. Mas isto fica para outro dia).
Ultrapassando isto, o Cão Solteiro (companhia com quem co-produzimos o espectáculo Sobre a mesa a faca) continua a ter um trabalho decididamente high brow, elevando assim a minha vontade de investir sentido nessa coisa nula a que chamamos Humanidade (logo, perpetuando a F.O.D.A., eu já explico). O excesso como verdade? Hmm. Então somos maus.
Estas duas caixas são uma formalização de todo este pensamento.
As caixas, relicários de padrões, reproduzem/criam o padrão Nada. Se Anita vai a Nada, as duas caixas do Cão Solteiro são a agência de viagens do Nada. Ora o Nada, não é o gesto de recusa passivo de Bartleby. Pelo contrário, o Nada do Cão Solteiro é o agenciamento de tudo o que abarroca e dissimula o Nada. Portanto, o Nada com todos os seus pequenos Nadas (em psicanálise denomina-se de Realidade Simbólica, mas eu prefiro o logo F.O.D.A. 'Funcionamento Ordenado Dos Anónimos'). E porque "a vida é feita de pequenos nadas" SG dixit, é que se deve recusar a leitura passiva de Bartleby (o não quero saber, não estou a ver, não quero fazer parte) e preferir a leitura activa (ao contrário de Sloterdijk, prefiro o cinismo à ironia): "Afastarmo-nos o suficiente para podermos observar o que se passa na complexa região contemporânea" de A-Team dixit in Supernova.
Se na primeira caixa temos uma compreensão Macro, o perpetuar da actividade simbólica pós-maçã, na segunda caixa temos um entendimento Micro, a sensação do 'eu-sei-mas-ainda-assim-não-quero-saber' que levou/leva alguém a trincar a/s maçã/s (assim como o burro que segue a cenoura).
Ora, é em toda esta vontade de pensar, capacidade de se voyeurizar, que as duas caixas do Cão Solteiro possibilitam que a sociedade se vá desmarcando. Novos lugares serão ocupados, é verdade. Mas também é verdade que ainda falta a caixa 3. lol Ou não? Ai. hihihihi. e a 4 e a 5 e a 6 e a 7 e a 8 e por aí fora.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Errata

Bom, pelos vistos o jornal Público talvez publique o meu D.R. (é bastante provável que não editem o texto na sua totalidade, mas isso depois logo se vê) pelo que achei mais educado tirar o texto do blog até à sua eventual publicação.

P.s. Sílvia, não existe nenhum "jogo de ofendido/ofensor". Simplesmente respondi (cinicamente) no mesmo tom verbal em que a crítica abordou o meu trabalho. É que nós, em Arte, podemos errar no objecto. Agora os críticos (que, by the way não sejamos ingénuos, alguns são júris em concursos públicos + são formadoras de trends + e possíveis futuros gatekeepers como diria Augusto) não devem insultar. É que isto abre uma lógica perigosa (exactamente a contrária de um 'famoso' encenador que agrediu um 'famoso' crítico): pedir a cabeça de um encenador e impedir que os 'novos' entrem nos Museus sem desconto.
Resumindo: isto nada tem a ver com gostar ou não. O Augusto (que ainda não me disse nada) presumo que não tenha gostado, imensas pessoas não gostaram. Não gostar do que eu faço está na ordem do dia (E AINDA BEM i.e. SIGNIFICA QUE ESTOU NO CAMINHO CERTO i.e. AS PARTAGES DU SENSIBLE ESTÃO ON THE WAY). Mas nenhum reagiu agressivamente como a sr. Cristina. É que nem o seu amigo Henrique. E isso eu não posso permitir.
ABOMINO O MAL.

P.s.s. AMO-TE=AMET=André de Mendonça Escoto Teodósio

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Roubei isto do Paysanxxi e vai já para o nosso General Hospital

"And it is to be noted that it is the fact that Art is this intense form of Individualism that makes the public try to exercise over it an authority that is as immoral as it is ridiculous, and as corrupting as it is contemptible. It is not quite their fault. The public has always, and in every age, been badly brought up. They are continually asking Art to be popular, to please their want of taste, to flatter their absurd vanity, to tell them what they have been told before, to show them what they ought to be tired of seeing, to amuse them when they feel heavy after eating too much, and to distract their thoughts when they are wearied of their own stupidity. Now Art should never try to be popular. The public should try to make itself artistic. There is a very wide difference. (...)

In Art, the public accept what has been, because they cannot alter it, not because they appreciate it. They swallow their classics whole, and never taste them. They endure them as the inevitable, and as they cannot mar them, they mouth about them.(...)

The fact is, the public make use of the classics of a country as a means of checking the progress of Art. They degrade the classics into authorities. They use them as bludgeons for preventing the free expression of Beauty in new forms. They are always asking a writer why he does not write like someone else, or a painter why he does not paint like someone else, quite oblivious of the fact that if either of them did anything of the kind he would cease to be an artist. A fresh mode of beauty is absolutely distasteful to them, and whenever it appears they get so angry and bewildered that they always use two stupid expressions - one is that the work of art is grossly unintelligible; the other, that the work of art is grossly immoral. What they mean by these words seems to me to be this. When they say a work is grossly unintelligible, they mean that the artist has said or made a beautiful thing that is new; when they describe a work as grossly immoral, they mean that the artist has said or made a beautiful thing that is true." Oscar Wild(e), "The Soul of Man Under Socialism"

Roubado aqui.

Piedras Rolantes

NOTÍCIA: "Investigadores do Centro Nacional de Investigação Científica francês demonstram, através de um algoritmo, que o 'Homo sapiens', chegado à Europa há 40 mil anos, terá sido o responsável pela expulsão do homem de Neandertal"...
- SIM, MAS ELES VOLTARAM. PÂNICOOOOOOOOO.

Toda a info aqui.

P.S. Tenho de mudar de chá. O meu chá preferido, o chá branco, é contra os radicais livres. Scheiße.

The Teaches of Devi

"...to harden me in my bitter contempt for “man” in general; and . . . to prompt me to write this book: the answer to it, the spirit of which could be summed up in a few lines: “A ‘civilization’ that makes such a ridiculous fuss about alleged ‘war crimes’ — acts of violence against the actual or potential enemies of one’s cause — and tolerates slaughterhouses and vivisection laboratories, and circuses and the fur industry (infliction of pain upon creatures that can never be for or against any cause), does not deserve to live. Out with it! Blessed the day it will destroy itself, so that a healthy, hard, frank and brave, nature-loving and truth-loving élite of supermen with a life-centered faith, — a natural human aristocracy, as beautiful, on its own higher level, as the four-legged kings of the jungle — might again rise, and rule upon its ruins, for ever!"

in Impeachment of Men, Savitri Devi

Savitri colour

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Li isto (aqui)
e para além de Metanoite
lembrei-me também disto (aqui):
Um texto do Marcus Steinweg intitulado Arte como afirmação da forma.

A não perder nem um nem outro.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

The Teaches of Linkola

D.L.

"Any dictatorship would be better than modern democracy. There cannot be so incompetent dictator, that he would show more stupidity than a majority of the people. Best dictatorship would be one where lots of heads would roll and government would prevent any economical growth."

ZZTop aplicado à Tininha e ao Marianus

'How, then, do things stand with freedom? In a polemic against the Menshevik's critics of the Bolshevik power in 1920, Lenin answered the claim of one of the critics - "So, gentlemen Bolsheviks, since, before the Revolution and your seizure of power, you pleaded for democracy and freedom, be so kind as to permit us now to publish a critique of your measures!" - with the acerbic: "Of course, gentlemen, you have all the freedom to publish this critique - but, then, gentlemen, be so kind as to allow us to line you up the wall and shoot you!"'

+ Eduard's Hanslick's

Foi por estas razões que desisti da música.
E é por estas razões que nunca mais desistirei.

"Não percebo como António Pinho Vargas deixou que a sua belíssima música fosse usada no texto medianíssimo deste "Um Outro Fim" e, pior, a ópera fosse entregue a um grupo de garotos com pretensões post modernas (será que eles sabem?) cuja encenação foi o pior de tudo.
Salvaram-se cantores dignos e profissionais e a pequena orquestra com direcção de Cesário Costa.
A nova Ópera de Pinho Vargas merecia mesmo outro fim."

Está tudo aqui.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Dangerous Liaisons

Savitri

Savitri Devi, aqui e aqui

Ditaduras Invisíveis dos EDUARD HANSLICK Portugueses

Este ano, e para contrariar as ditaduras invisíveis, gostaria que Deus (e não Jesus) colocasse na cabeça (e não no sapatinho) da Cristina Fernandes e do Bernardo Mariano, um cérebro (e não um presentinho).
Os seus textos para o Público e para o DN não são honestos. Revelam frustração, irritação, inveja e incapacidade.
Em breve terei respostas para os dois textos destes EDUARD'S HANSLICK'S.
Entretanto "OUTRO FIM" foi um espectáculo megalopsyquico.

The Teaches of Linkola

"What to do, when a ship carrying a hundred passengers suddenly capsizes and only one lifeboat? When the lifeboat is full, those who hate life will try to load it with more people and sink the lot. Those who love and respect life will take the ship's axe and sever the extra hands that cling to the sides of the boat."
D.L.
Very Christmassy innit?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

INFO

MUSEU SUPERNOVA
aqui

"Isto é um museu de coisas que não vivemos mas que gostaríamos de ter vivido e que portanto vivem
os."

sábado, 20 de dezembro de 2008

Hoje e Amanhã na Culturgest, 21:30

Outro Fim
de António Pinho Vargas, libreto de José Maria Vieira Mendes

Outro Fim
(foto: Susana Pomba)

SÁBADO 20 E DOMINGO 21 DE DEZEMBRO DE 2008
21h30 · Grande Auditório· Duração 1h15 ·

Direcção musical Cesário Costa; Encenação André e. Teodósio em parceria com Vasco Araújo; Iluminação Daniel Worm D’Assumpção; Figurinos Mariana Sá Nogueira; Produção Joana Dilão; Vídeo André Godinho.
Intérpretes
Mãe: Larissa Savchenko; Mulher: Sónia Alcobaça; Cunhada: Madalena Boléo; Homem: Luís Rodrigues; Irmão: Mário Alves

Co-produção Teatro Nacional de São Carlos, Culturgest

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Fresquinho

Por enquanto apenas à venda na loja Cotovia na R. Nova da Trindade, 24 (junto ao Largo da Misericórdia).

E amanhã e depois na Culturgest.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Trailer

Podia ser o trailer de Outro Fim, mas é do Détective do Godard, o filme que a Praga vai ver quando estiver em residência no Porto.

Pollock meets Vampire Weekend

I see a Mansard Roof through the trees,
I see a salty message written in the eaves,
The ground beneath my feet,
The hot garbage and concrete,
And now the tops of buildings
I can see them too!

The Argentines collapse in defeat,
The admiralty surveys the remnants of the fleet,
The ground beneath their feet
Is a nautically map sheet
as thin as paper
while it slips away from view.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Último Dia

SUPERNOVA + Anita Vai a Nada
(ciclo Shall We Dance)
uma co-produção com o Teatro Viriato, Viseu

supernova megalo
Anita vai à barra
Fotos: Susana Pomba

Hoje 21 horas
Espaço Negócio da ZDB:
Rua d’O Século, nº 9 - porta 5
Reservas: 213430205 ou
reservas@zedosbois.org
http://www.zedosbois.org/

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

My Own Private Idaho

Penim

Adeus ao Minho vou partiiiiiiiiiiiiiiiiir...

Despedida

Aproveito o post anterior do André para me despedir da província bucólica de Paredes de Coura (onde, graças à simpatia das Comédias do Minho, estive com os Praga Pedro e Rita, e com a Cátia e o Zé) e junto-me ao André operático, na capital, (fisicamente, porque em letra e espírito já lá estou, pobre dele) e ao próximo ano Praga, com isto na mala:

Marcus Steinweg, Comunidade dos Desiguais (começa assim)
"Chamo colectivo a uma comunidade cujos membros estão unidos pela ausência de uma relação objectiva ou absoluta."

(E continua assim)
"O colectivo é evidentemente um grupo cujos membros são demasiado diferentes para submeter-se a um princípio unitário ou a um ideal comum. A comunidade em que estou a pensar é uma construção infinitamente frágil. Sim, é uma comunidade, mas de tal modo que tem de reger-se sem um fundamento e uma finalidade comuns. É a comunidade dos sem-comunidade no sentido em que não confia em nenhum outro tipo de laços que não seja a falta de relação. É por isso que se deve simplesmente dizer que este tipo de comunidade não existe. Este é o sentido mais extremo do colectivo: a sua não-existência e impossibilidade."

(o que é então um colectivo?)
"É um sonho com valor de verdade."

(E depois tem uma nota assim)
"O pensamento ocidental vive da ilusão da identidade e auto-semelhança do sujeito humano. Trata-se sempre da pergunta "quem sou?". E sempre se responde a esta pergunta prometendo ao eu um lugar, uma intimidade transcendental e uma familiaridade consigo mesmo. E assim se vê claramente que esta vontade, este desejo e a ética que exige este tipo de auto-estabilidade numa identidade do eu ou de si mesmo, tem a sua origem na catástrofe ontológica, ou seja, no pensamento e no saber de que não existe um sujeito idêntico. Talvez exista algo como um sujeito, mas este não concorda consigo mesmo. O homem "é inóspito na sua própria essência", diz Heidegger".

(isto é Outro fim...)

Brevemente (Outro Fim)

OUTRO FIM É UMA ÓPERA DEDICADA À MINHA GERAÇÃO aka A (ex) GERAÇÃO RASCA
Outro fim
1) Esta ópera faz parte do meu projecto megalospsyquico™.
2) Esta ópera é o meu último trabalho este ano (quantas criações novas foram? hm. Turbo-Folk, Conservatório, Público-Alvo, Supernova. E NÃO, NÃO VOU PARAR. Porque a nossa geração, a tal geração rasca, está lá. Qual lá? - Isso agora....)
Portanto, esta ópera é um resumo de tudo o que fiz este ano (fechada para balanço).
3) Para algumas pessoas terei destruído esta ópera.
Mas.
Para algumas pessoas não terei ousado nesta ópera.
RE: Vazio para quem não gosta, cheio para quem gosta.
4) Ópera que me vês, quanto mais te vejo mais gosto de ti. Coisa redonda e lambida, coisa bamba, coisa que sofre de lógica avarentiana (pois é andré, não podes fugir de ti, lamento) portanto coisa que sofre de lógica viriliana, coisa que não existirias sem a clara perseverança e trabalho do vasco e da joana, coisa que aborreces teenagers armados ao francês mas que são tão pouco inrockuptibles, coisa que te transformas em seita-teosofica.

P.S. Lírico: Cada espectáculo que faço e que não vês, é como um capítulo não lido. Porque não há narrativa linear, cada espectáculo é uma parte que caminha para um todo inalcançável (o todo é maior que a soma das partes). Lirismo. Talvez, mas quem canta seus males espanta. lol
I LOVE BEING UM GERAÇÃO RASCA

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

The Art of Conceptual Noise


Para passar o serão sugiro o documentário Buscando a los Reynols, de Nestor Frenkel, sobre a banda homónima, isto é Los Reynols.
Formados em 1993, os Reynols são liderados por Miguel Tomasín, the down syndrome guru of experimental music, e figuram entre as bandas de música contemporânea/moderna mais influentes do século XX, segundo a BBC.
Os Reynols actuam e gravam por todo o mundo, estão editados em mais de cinquenta países e são objecto de estudo de muito musicólogo; no entanto, na Argentina propriamente dita, contam apenas com a edição de Desmaterializado, uma caixa dedicada à retrospectiva do seu trabalho e que não tem absolutamente nada dentro.
O Thurston Moore (Sonic Youth) é fã e um dos maiores detentores do legado dos Reynols.
Buscando a Los Reynols, de Nestor Frenkel, estreeou a 12 de Maio de 2005 em Buenos Aires, Argentina, e dura 75 minutos.



How Can We Be Lovers If We Can't Be Friends?

Rita + Diesel

Diesel + Rita (por Zé M)

DEMO. LISSION

DEMO.lission nr.1 : HOLY MOLAR - Cavity Search (Three One G records, San Diego, C.A.)
DEMO.lission nr. 2 : AN ALBATROSS - I am the Lazer Viking (GSL, San Diego, C.A.)
DEMO.lisson nr. 3 : THE VANISHING - Cuckoo Spit (GSL, San Diego, C.A.)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Foot Village - Erecting The Wall Of Separation

Música DEMOlicious e video DEMOlicious

Eldorado, última semana no Vale do Minho - Concelho de Monção

Eldorado

10 Dezembro Quarta 21h30 EPRAMI – Esc. Prof. Monção
11 Dezembro Quinta 21h30 Esc. Básica e Integrada, Tangil
12 Dezembro Sexta 21h30 Junta de Freguesia de Ceivães
13 Dezembro Sábado 21h30 Casa do Povo de Barbeita
14 Dezembro Domingo 16h00 Casa do Curro de Monção

Próximas datas:
Lisboa - Teatro Taborda 6, 7 e 8 de Janeiro
Porto - Auditório Balleteatro 9 e 10 de Janeiro

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Outro fim (memo)

1
Quero ter tempo para escrever os meus textos megalopsyquicos (tantos livros e vinis para criticar; só para aguçar, um dos fat-itches é "Velhas-Modas regionais da terceira", disco belo e plural) e para os arquivar na pasta 'opinion maker'.
2
Quero ter tempo para escrever os Demos de 2,000 caracteres para o Jornal do Lux.
3
Quero ter tempo para continuar a evangelizar o meu eco-fascismo.
BUM
Só que entretanto tudo tem outro fim. Vou tecktonikizando uma ópera (fotos aqui).

p.s. Supernova esse belo espectáculo futurista continua em cena. Outro Fim brevemente terá início.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Captain Ahab hoje no The Smell

captain ahab live

fiquei a saber que tocam lá hoje.
Como se calhar não vai dar para ir, ficamos com alguns links:

Vídeos:

U Want Me --- Snakes on the brain

e ainda o Mega Hit Girls Gone Wild
versão the teenage home video ou ao vivo

Following La Jo's footsteps

Mais um vídeo de uma banda que toca no The Smell em Los Angeles (www.thesmell.org), Captain Ahab - I can't believe it's not booty (foi filmado no The Smell e é fuuuuuuuuuuuuucking GREAT!)

Meu século, meu monstro

"My century, my beast, who will be able to look into the pupils of your eyes and stick together the vertebrae of two centuries with his blood? The blood that builds gushes out of earthly things; the parasite only trembles on the threshold of the new days.
The creature, so long as it has enough life left, must carry the backbone to the end; and a wave plays upon the invisible spine...
And the buds will swell again, and the green shoots will sprout. But your spine has been smashed, my beautiful, pitiful age. And you look back, cruel and weak, with an inane smile, like a beast that has once been supple, at the tracks left by your own paws."
Excerto do poema "Vek moi" de Osip Mandelstam
wurm

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

a Rita faz cinco anos...

...e o público lembra-se dela de grandes sucessos de bilheteira como "Título" (2004) ou "Conservatório" (2008) ou ainda aparições esporádicas em O Avarento ou A última festa (2007). A sua carreira no teatro é para continuar estando a Rita neste momento à espera de novos convites para outro género de papeis...

antes
Rita bebé
e depois
Rita agora

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Se tivesse...

Se neste preciso momento tivesse que dar 5 estrelas a alguém daria a Santogold.
Para quem gosta de fogo-de-artifício, ela será 0.
Para quem gosta do - Estamos lá!, é definitivamente um 5.

PUBLICIDADE aka ROGERÍSSES

ESPECTÁCULO DE TEATRO
um projecto de Rogério Nuno Costa

com base no texto "A Voz Humana", de Jean Cocteau

PARTE UM— site: www.rogerionunocosta.com/intro.html
[consulta obrigatória e inscrição para a segunda parte]

PARTE DOIS— espectáculo ao vivo: "A Voz Humana", de Jean Cocteau
[no Teatro Taborda, dias 4, 5, 6 e 7 de Dezembro, às 21:30]

PARTE TRÊS— documentário (em dvd)
[até ao final do mês de Dezembro, por correio]

[Nota: Este projecto divide-se em três fases distintas. Após visitar o site e consultar os conteúdos/materiais que farão parte do espectáculo ao vivo, o espectador inscreve-se (no próprio site), recebendo por e-mail uma password, que lhe dará acesso ao espectáculo no Teatro Taborda. Depois do visionamento do espectáculo ao vivo, será enviado para casa de todos os espectadores um dvd/documentário sobre o processo de construção do projecto global. NÃO SERÃO ADMITIDOS ESPECTADORES SEM PASSWORD.]

T

Este "espectáculo de teatro" é o último espectáculo de teatro.

outras informações:http://www.rogerionunocosta.com/
http://www.espectaculodeteatro.blogspot.com/
(+351) 916 409 998 - skype: vouatuacasa

PUBLICIDADE: Tonight At Miguel Bombarda

Júlia
a partir de Menina Júlia de August Strindberg

De 4 a 7 de Dezembro_ 21:30h_ Hospital Miguel Bombarda
11, 12 e 13 de Dezembro_ 22h_ Espaço Ginjal (Cacilhas_Almada)
Reservas: 96 9619437

julia estc

Júlia é um espectáculo idealizado por dois recém-licenciados pela Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), Vânia Rodrigues e João Abel, a partir de Menina Júlia do dramaturgo sueco August Strindberg.

Um espectáculo-simulacro que serve o estudo do conflito intrínseco nas relações humanas, os jogos de egos incorporados na realidade que nos envolve, a (im)possibilidade de destruir barreiras teóricas que sustentam a base de um "estado" do qual derivam acções exclusivamente mentais, imateriais, são o objecto de trabalho na concepção deste espectáculo.

Encenação: João Abel; Interpretação: João Abel, Maria Vasconcelos e Vânia Rodrigues; Produção Executiva: Catarina dos Santos; Montagem vídeo: Pedro Joel; Design: PK

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

ANITA VAI A NADA + SUPERNOVA CONTINUAM...

Anita ZDB
Supernova ZDB
FOTOS DE Susana Pomba

29 de Novembro a 13 de Dezembro –
apresentações para escolas,
de 3ª a 6ª às 10h e às 14h,
Sábados para público geral às 16h e às 21h30
Sábado dia 13 de Dezembro, apenas às 21h30
PARA MAIS INFORMAÇÕES PRODUÇÃO TEATRO PRAGA:
PEDRO PIRES 91 854 70 50 JOANA GUSMÃO 91 854 19 45
ou
http://www.teatropraga.com/
Espaço Negócio: Rua d’O Século, nº 9 - porta 5
Reservas: 213430205 ou reservas@zedosbois.org

Eldorado, esta semana no conselho de Melgaço

Eldorado

3 Dezembro Quarta-feira 21h30 J. de Freguesia de Penso
4 Dezembro Quinta-feira 21h00 J. de Freg. de Parada do Monte
5 Dezembro Sexta-feira 21h30 Casa da Cultura de Melgaço
6 Dezembro Sábado 21h30 Casa da Cultura de Melgaço
7 Dezembro Domingo 21h00 C. Cívico de Castro Laboreiro