quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Hoje na Cinemateca em Lisboa

Dia de ante-estreias André Godinho.
Às 21h30.
Três filmes:
Riders, Fonte Santa e MHM.

A não perder.

HOJE Eurovision em Castelo Branco

Auditório IPJ Castelo Branco às 21:45



organização:
ASTA – Associação de Teatro e Outras Artes
Tel.: 275 081 775 / Fax: 275 081 784
contacto@aasta.info / astateatro@gmail.com
www.aasta.info / www.astateatro.blogspot.com

 (foto: Ângelo Fernandes)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

HOJE: Eurovision em LEIRIA

XIV Acaso - Festival de Teatro
Teatro Miguel Franco 
10 de Novembro | 22h00
Informações / reservas
O Nariz - Telf.: 964 189 098 | E-mail: onariz_teatrodegrupo@sapo.pt
Organização: O Nariz - Teatro de Grupo | Apoio: Câmara Municipal de Leiria

 

domingo, 8 de novembro de 2009

Kalup Linzy, The Pursuit of Gay (Happyness)

In the streets of San Francisco

Sexta-feira em Berkeley

Comecei às seis da manhã (ainda estou em jet lag, só posso) a ler dois capítulos do Cormac McCarthy (Blood Meridian), tomei o pequeno-almoço com a net, voltei a um livro (Howard Hampton, Born in Flames – não vale a pena, desisti), fui até ao café com o computador e dediquei tempo ao primeiro acto da Hedda Gabler (estou a trabalhar sobre a traduçao), depois perdi quinze minutos a ver o Power Point da legendagem francesa do Padam Padam (voltou para trás, ainda não estava bem) e levantei-me, subi para cima da bicicleta com a energia da cafeína americana e desci até a uma loja de reparações de binas onde a depositei (a chinfrineira era grande e melhor afinar os travões…), segui a pé até à universidade para dar uma aula a alunos do departamento de português, chovia, cheguei molhado mas com vontade de falar e depois fui à biblioteca e encontrei um catálogo em formato de bolso de uma exposição Beuys/H.Müller/J.Meese a propósito de utopias e aproveitei para uma leitura breve de um livro da Judith Butler chamado Antigone's Claim por culpa do Vasco Araújo com quem tenho de escrever um texto e descobri na mesma estante o Handbook of Inaesthetics do Badiou onde estão as suas teorias do teatro (já publicadas neste blog) mas vai ter de ficar para outra altura porque não dava para check out e depois fui ao café ter com a Deolinda e a Orlanda (professoras do departamento) para tratarmos de burocracias e discutir como será a sessão final da minha presença aqui e fui à biblioteca do departamento de música check out o livro do Žižek e do Mladen Dolar sobre ópera (Opera's Second Death – fiquei a olhar para a partitura do Fairy Queen como boi para palácio) e então finalmente comi (algures entre isto fiz-me a uma banana e um iogurte) num restaurante tailandês onde queimei a boca e intestinos com um másculo picante que me deu energia para ir buscar a bicicleta devidamente oleada e com travões no sítio e pedalei até ao quarto onde fechei o dia comunicando com Lisboa e, já na cama, apreciei metade do Midsummer Night’s Dream do Max Reinhardt. Adormeci a ler o livro com que acordei e fechei o círculo para arredondar o dia.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

HAMLET SOU EU no TEMPO em Portimão



















HAMLET SOU EU no TEMPO em Portimão
Dias 5, 6, 7 e 8 de Novembro

O ponto

Marty Robbins - Blue Spanish Eyes

Biblioteca

Ontem fui à biblioteca da universidade e trouxe, só para experimentar:
Ibsen, Hedda Gabler
Avital Ronell, The ÜberReader
Howard Hampton, Born in Flames
J. Butler and G.C.Spivak, Who Sings the Nation-State
Allen S. Weiss, The Aesthetics of Excess
Só para experimentar.
Estou a terminar o último da lista. Um livro de 1989, professor nova-iorquino, pega no Surrealismo e Vanguardas americanas dos finais de 60, princípios de 80. Como eu é mais Dada e me apresento como Clássico Mentiroso (ou será Falso Vanguardista?) apreciei notar a família de pensamento a que tais tempos levam – Sade, Artaud, Bataille, Dali, Merleau-Ponty… – e satisfiz-me por ficar a saber que em 1771 o Abbé Dinouart publicou uma Arte de se calar (L’Art de se taire), retórica do silêncio que vem antes de muita coisa. Além disso, tomei nota de um pedaço da Segunda Meditação de Descartes, talvez porque como a minha cabeça anda, parece que tudo pode valer a pena.
Em inglês li, em inglês a reproduzo:
“If I chance to look out a window on to men passing in the street, I do not fail to say, on seeing them, that I see men, just as I say that I see the wax; and yet, what do I see from this window, other than hats and clothes, which can cover ghosts or dummies who move only by means of springs? But I judge them to be really men, and thus I understand, by the sole power of judgement which resides in my mind, what I believed I saw with my eyes.”

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

EUROVISION ON TOUR IN PORTUGAL


EUROVISION
Dia 10 de Novembro, 21h30, Leiria
Teatro Miguel Franco
Dia 12 de Novembro, 21h30, Castelo Branco
Auditório do IPJ
Dia 25 de Novembro, 21h30, Aveiro
Teatro Aveirense

Berkeley

Três semanas em Berkeley counting from now. Ainda em jet lag, são oito horas de diferença para Lisboa, saboreio o leito do French Hotel olhando para a mesa e duas cadeiras na varanda. Do outro lado da varanda um supermercado quase hipermercado com coisas boas e estranhas e altas na prateleira, produtos de qualidade, alguns exóticos, vários países representados e gastronomia variada.
Hoje um passeio até ao centro. Não muito extenso, limitado, mas ainda assim com livrarias de segunda mão em tamanho grande (a reciclagem é cultura local, bem como os produtos biológicos e ecológicos o que faz disto civilização – e o tamanho grande também faz parte, baldes de café, baldes de sumo, baldes), muitos restaurantes para experimentar, do tailandês ao cantonês, passando por indianos vários, italiano, diners e afins. Quando há sol, faz calor e pode-se estar de calção. Pela noite arrefece e tem de se estar de casaco. Vou ler um livro. Aqui lê-se. E cheira a café. Permanentemente.

domingo, 1 de novembro de 2009

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Maxpassion

GRAF Ich gehe entgegen der Erdumdrehung. Je weiter ich vorankomme, desto mehr Minuten gewinne ich, aber durch reden verspäte ich mich. Ich will mehr. Mehr Geschichten. Zum Wohle des Fortschritts wird Max seinen Weg in Stille fortsetzen. Sich auf Hören und Sehen beschränken. Und aufs Riechen. Mmm. Das riecht gut, das Meer. Riecht nach Frühling.

(Tradução de Senia Hasivecevic de um pedaço de Paixão Segundo Max que escrevi para Schauspielhaus Wien. Estreia em 2010)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Oil ain't all, J.R.

HAMLET SOU EU- HOJE E AMANHÃ EM SANTARÉM



















TEATRO SÁ DA BANDEIRA, SANTARÉM

DIAS 28, 29, E 30 DE OUTUBRO

Continua...

HAMLET SOU EU no Teatro Viriato em Viseu

Dias 2 e 3 de Novembro 2ª e 3ª 10h30/15h00
no Tempo em Portimão
De 5 a 8 de Novembro 5ª e 6ª 9h30/14h00, sáb e dom. 16h00
no Centro Cultural Vila Flor em Guimarães
De 3 a 5 de Dezembro 5ª e 6ª 10h00/15h00 e domingo às 16h00

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

IT’S ONLY ROCK’N’ROLL (BUT I LIKE IT)

“In 1989 James Bond and with him every other spy lost their jobs. Without a cold war, with no Ivan and only one super power there was no need for a lonely man equipped with pre ipod-gadgets, beyond the law but in her majesties service and with license to kill, who with a swift DIY gesture could resolve global conflicts. Times had changed and the spy (…) had made himself useless.
With 1989 a strong political era came to a grand finale, but a new paradigm was already under cultivation and a new hero was needed: The Artist. Yes, the new James Bond was the artist, or rather the creative superhero always ready, packed with digital interfaces, perfecting the versatile performance of neo-liberal subjectivity sipping ice cold Chardonnay at a residency in Switzerland.
Indeed, there was no need for performances anymore. The artist’s life instead depended on the production of anecdotes and the ability to commute between research and residency projects. Thus the work needn’t be to any degree original but the individual’s uniqueness was refined in absurdum, who, in all modesty of course, emphasized that he or she was not at all an Artistah. And the word on everyone’s lips: collective. Collective, my ass!” ...
Mårten Spångberg

sábado, 24 de outubro de 2009

Agradecimento

Não podemos deixar de agradecer o fantástico acolhimento do Goethe Institut de Berlim e mencionar a Astrid Grabow do Goethe Institut de Lisboa que nos aturou e esteve sempre connosco (óptima companhia!). E, last but not least, um especial agradecimento ao Dr. Joachim Bernauer que nos porporcionou esta oportunidade de cinco dias em Berlim.

Acrescento

Acrescento escrito já no aeroporto de Munique sobre o espectáculo da Ivana Müller. É um espectáculo de uma hora. O movimento dos seis ou sete em palco é o dos agradecimentos no final do espectáculo em slow motion. Estendido. E à medida que sorriem, aplaudem, saem e voltam a entrar, fazem a vénia, etc., dizem umas coisas, espécie de “pensamentos do actor no momento dos aplausos”. Entre eles está o Pedro Inês. E este acrescento é-lhe dedicado. Antes de mais por culpa do nome. Faz-me logo pensar no Belo Monstro de Picabia, resultado da omissão da copulativa na equação, ideia que aparece aliás escrita em Padam Padam. Pedro e Inês passa a Pedro Inês, neste caso não para explorar o paradoxo inconciliável, a impossibilidade possível (ou a possibilidade impossível) mas para unificar a tragédia e amor e género. Mas o Pedro Inês também teve o dom de, com a sua entrada em cena, nos fazer lembrar o nosso Pedro Pires produtor, dadas as semelhanças físicas, tantas que foi imediato o reconhecimento a quatro.

PHARMÁCIA

A prateleira do meu quarto e da Patrícia no Motel One continha uma caixa de Ibu-Ratiopharm, outra de Loperamid Sandoz, outra de Vomex A, outra ainda de Oralpädon, uma de Soledum, mais outra de Roxithromycin AL e lamelas de Dolo Dobendan. Sobrevivemos.

O encanto da despedida



Em breves e secas palavras, hoje tivemos sorte. É verdade que começámos cedo e que conhecemos os Monster Truck, um colectivo de gente que pareceu simpática mas que faz espectáculos com bexigas de porco e polvos, o que desde logo nos arrepiou a pele e pôs a olhar com ar desconfiado para as caras imberbes e bonacheironas dos seus elementos. Dali seguimos para a Schaubühne onde fomos cumprir calendário e sacar um dvd do Sonho de uma noite de verão do Ostermeier com a Constanza Macras, tirámos fotografias, fomos simpáticos e eles também, e voltámos a Kreuzberg para comer uma sopa Wan-Tan e comprar uns livritos. E finalmente, para o serão, dois espectáculos: Lutz Förster (ex-bailarino Pina Bausch) por Jerôme Bel e Ivana Müller (Playing ensemble again and again). No final da dupla sessão a Cláudia agarrou-se ao Lutz em descompensação, conhecemos o Pedro Inês que participa no espectáculo da Ivana e brindámos ao frio a despedida. Aconselhamos ambos os espectáculos, um por razão de afectos, outro pela esperteza e humor (já tinha visto um espectáculo da Ivana Müller – While we were holding it together – e a qualidade do primeiro vê-se confirmada no segundo).

Fechámos a mala. Com dificuldade. Muitas compras. Vários pares de sapatos. Livros, dvd’s e souvenirs. Amanhã partimos cedo. O Pedro vai para Bucareste. A Cláudia, o Zé e a Patrícia para Lisboa. No corpo, os pesados vírus e bactérias da cidade.
Levamo-vos a Praga.