segunda-feira, 31 de março de 2008
E agora googla lá isto Zé!
Os meus pais no pompidou (a ver, entre outros, os royaistm* Louise Bourgeois + Rabih Mroué) e veio-me isto à cabeça; ou melhor, via Nietzsche e "a eterna aranha da razão" debitado por Deleuze, evoquei a seguinte passagem:
RAZÃO, RAZÃO, RAZÃO: A MEDEIA TEM RAZÃO.
Quem é o autor?
* conceito roubado do nosso vizinho Royalíssimo, o Royal verdadeiro. Aqui.
Le sophiste est chassé
Foucault, L'ordre du discours
Ordem
Foucault, L'ordre du discours
(dádiva da minha amiga Row)
(Kierkegaard, Either/Or)
domingo, 30 de março de 2008
& etc
Acabei de ver um documentário sobre esta editora na RTP2.
E apercebi-me das poucas vénias que dou a esta editora que me ocupa um espaço razoável nas estantes do escritório.
Um dos livros que mais estimo (e que me foi oferecido pelo Tiago Guedes) acompanhou-me na passagem 'do universo musical para o universo teatral' (aliás o seu autor vive num in-between os dois universos). Já o gastei, já usei textos deste livro vezes e vezes sem conta em espectáculos (fragmentários, sim, são); também está presente neste livro uma máxima Máxima (repetida por mim e pela Paula Sá Nogueira vezes sem conta, enfim, um lema das nossas vidas).
Passo a citar:
"O meu médico disse-me sempre para fumar. Aos seus conselhos acrescenta:
- Fume, meu amigo: se não, outro fumará por si."
Quem é o autor?
p.s. obrigado. & etc.
Zé, pensavas que era a última festa?!?
Pierre Grimal
O Teatro Antigo
Edições 70
MARAVILHOSO (enviado por Deus)
A música é uma obra do compositor Alexander Scriabin (que eu gosto muito) intitulada 'Prometeu, um Poema do Fogo'.
A coreografia é de... Deus. Isto foi enviado por Deus, tenho a certeza.
Curadores de Espaços
Peter Sloterdijk
Parlamento Insuflável? Oh no!!
O filósofo Peter Sloterdijk (68) esboçou um produto instantâneo ideal para propagar a cultura política do Ocidente em todo o mundo: um Parlamento inflável que pode ser lançado via aérea, a fim de instaurar a democracia com a maior rapidez possível nos "Estados delinqüentes" que tenham acabado de ser subjugados. O Parlamento com capacidade para 160 deputados pode ser transportado num único contêiner, oferecendo todas as condições necessárias para o processo democrático dentro de apenas 24 horas, excluindo o tempo de vôo. No entanto, sem um empurrãozinho das Forças Aéreas norte-americanas, o sucesso do empreendimento seria impensável. Afinal, ironiza Sloterdijk, os americanos já mostraram "grande êxito no emprego da democracia via aérea".
Missionarismo democrático do Ocidente
Com esta instalação de Sloterdijk, a mostra Making Things Public: Atmosferas da Democracia, recém-inaugurada no Centro de Arte e Tecnologia de Mídia (ZKM), de Karlsruhe, contrabandeia entre as obras de arte o discurso de um polêmico pensador contemporâneo alemão. O interesse dos curadores Bruno Latour e Peter Weibel era justamente "encontrar novos caminhos para se refletir sobre política e desenvolver procedimentos que possam levar a uma nova forma de trabalho entre artistas e teóricos".
Em sua contribuição à mostra, Sloterdijk, professor de Estética e Filosofia na Escola Superior de Artes Aplicadas de Karlsruhe, atribui uma dimensão bélica ao missionarismo ocidental e sua meta de democratizar o mundo. Do ponto de vista do Ocidente, a democracia é algo bom a ser imitado. "E como contaminação funciona bem num mundo denso, a democratização poderia dar certo através de uma infecção mimética", explica Sloterdijk em entrevista ao diário Die Welt.
Porém, a contaminação democrática tem fronteiras e não funciona em todas as partes do mundo, segundo ressalva o filósofo. "O mundo árabe ainda não atingiu o grau de densidade que caracteriza o mundo ocidental. Falta de densidade também é o maior déficit estrutural da África; em conseqüência disso, bons exemplos não se propagam com tanta rapidez, só a Aids mesmo é que galopa."
O gueto do capital
Embora a globalização pareça dar margem à transferência ilimitada de modelos de um espaço cultural para o outro e pareça apontar para a abolição das fronteiras, o que ocorre – segundo Sloterdijk – é justamente o contrário: "Minha teoria descreve a globalização como um fenômeno de exclusão sem precedentes. O mundo do bem-estar tende a criar um espaço interior bastante hermético, sem levar em conta qualquer homogeneidade regional ou nacional. Eu denomino isso o 'interior do mundo do capital'". Em seu último livro Im Weltinnenraum des Kapitals: Für eine philosophische Theorie der Globalisierung (No Interior do Mundo do Capital: Por uma Teoria Filosófica da Globalização), recém-publicado pela editora Suhrkamp, Sloterdijk descreve a criação de um complexo de conforto, um espaço interior com fronteiras invisíveis, mas intransponíveis para quem está de fora. Ou seja: uma ilha habitada por um bilhão e meio de pessoas, flutuando num mar povoado por uma população três vezes maior. Nem as nações mais jovens escapam deste modelo: "Hoje a Índia deve ser uma zona de prosperidade com 200 milhões de pessoa, flutuando num oceano gigantesco onde grassa a miséria de mundo agrário arcaico. Na China, a reforma capitalista do comunismo deve ter beneficiado 400 milhões de pessoas, deixando 800 ou 900 milhões na mais absoluta falta de perspectiva", ressalta Sloterdijk ao Die Welt. Mas o prognóstico de Sloterdijk para as ilhas de prosperidade do Ocidente também não é dos mais otimistas: "A era dos grandes alívios está acabando. Por um bom tempo se misturou o gás do riso da segurança social à atmosfera da Europa Ocidental. Hoje ainda continuamos a respirar ares de consumismo, sem os quais dificilmente se poderia impulsionar uma conjuntura. Remuneração sem empenho e segurança sem luta foram os ingredientes existenciais da Europa durante meio século. Foi isso que ajudou a determinar o clima. Mas agora as pessoas vão ter que sofrer para aprender que as coisas vão ter que funcionar com mais empenho próprio e menos gás do riso".
Simone de Mello
FrancoumEstado: OU GOSTAS DO MEU ESTADO ou ENTÃO NÃO OLHES PARA O MEU ESTADO
Peter Sloterdijk: Según su teoría, el día en que Copérnico demostró que la Tierra estaba suspendida en el espacio, la humanidad entera vaciló: el ser humano fue presa del pánico ante la idea de caer en el vacío y desaparecer en un infinito agujero negro. Desde entonces, los hombres sólo aspiran a recuperar un manto protector, algo parecido a la placenta confortable de la cual salimos. Tanto, que toda obra humana tiende a reconstruir esa forma original.
-Después de esa conferencia, Habermas, la conciencia de la Alemania antinazi, lo acusó de utilizar "la jerga nacionalsocialista" y denunció su "antropología de los años 1940". La prensa, por su parte, lo calificó de eugenista. ¿Cuál es su respuesta?
-El eugenismo forma parte del pensamiento moderno. Es la base misma del progresismo. El eugenismo es una idea de la izquierda clásica, retomada por los nacionalistas después de la Primera Guerra Mundial. Es el progresismo aplicado al terreno de la genética. Cada individuo razonable es eugenista en el momento en que se casa. Cada mujer es eugenista si prefiere casarse con un hombre que posee cualidades favorables en su apariencia física. Es el eugenismo de todos los días.
-¿Completamente inconsciente?
-No, para nada. Uno no es inconsciente si se casa con una bella mujer. La preferencia de la belleza en los asuntos eróticos no es inconsciente: es la conciencia misma. Como decía Platón en "El banquete", es la voluntad de engendrar en la belleza. Es el acto más consciente y el más razonable del ser humano.
-O sea que el eugenismo no es fascista. ¿El hombre puede creerse Dios y decidir quién debe vivir y quién no?
-Nunca existió un eugenismo fascista. Lo que hubo fue un exterminismo racista. Esa voluntad de matar nunca tuvo la más mínima relación con el concepto de eugenismo concebido como un medio de reflexionar sobre las mejores condiciones en que será creada la próxima generación. Los nazis se aprovecharon de algunos pretextos seudocientíficos para eliminar enfermos. Eso no tiene nada que ver con el eugenismo. Es un abuso total de lenguaje llamarlo así.
-¿Y a qué atribuye esa confusión?
-A que el fascismo de izquierda nunca fue revelado como lo que en verdad es. El antifascismo, como ideología dominante, se debe a que el fascismo de izquierda nunca hizo sus duelos. Sus representantes nunca confesaron lo que en verdad son. Acusando de fascistas a los fascistas de derecha ocultaron su propia calidad de fascistas, incluido el maoísmo, que fue el peor de los fascismos. Al lado de Mao, Hitler parece un loco y un neurasténico, un pobre personaje comparado con la envergadura fascista de Mao Tsé-tung.
-Cuando usted empleó la expresión "zoológico humano temático" naturalmente tenía que causar conmoción. ¿Fue una provocación?
-Para nada. Son sólo metáforas que permiten evocar una realidad antropológica que existe, con o sin esa metáfora. Porque el hábitat del ser humano no es la naturaleza en estado puro ni la casa en estado puro. Es una organización intermedia, que se parece a un zoológico. Una ciudad que fuera sólo una ciudad sería una suerte de prisión. Las ciudades vivibles son como zoológicos. Y un zoológico humano es simplemente una metáfora que remite a la calidad urbana del estar humano. No veo dónde está la provocación. El pensamiento de los seres humanos con relación a los animales está dominado por esa zoofobia, ese racismo de la especie. Los hombres hacen sus propias proyecciones en esa terminología, creyendo que hago una reducción de la humanidad a la animalidad, cuando es exactamente lo contrario.
-¿Es en ese sentido que, para usted, "el hombre es un animal de lujo"?
-Es tan lujoso que no es capaz de seguir siendo un verdadero animal. Perdió la facultad de ser un animal. Esa es mi definición de la humanidad: la incapacidad adquirida de quedar en el terreno de la animalidad. Somos seres condenados a la fuga hacia adelante, y en esa carrera nos volvemos extáticos. Ese éxtasis corresponde a lo que Heidegger llamaba "la apertura al mundo". Volviendo al eugenismo, soy partidario de un eugenismo de lujo. Me interesa particularmente el ser humano como fenómeno de lujo, casi milagroso, aparecido en forma aleatoria. Esa criatura lleva una carga hereditaria de enfermedades genéticas que no sirven para nada, pero que nos acompañan. La única pregunta eugenista que las generaciones futuras podrían plantearse sería si suprimir, gracias a la ingeniería genética, algunos de esos acompañantes. En 50 o 100 años, estoy seguro de que la mayoría de la humanidad estará de acuerdo con esas técnicas. Pero esto no tiene nada que ver con un eugenismo eliminador. Es necesario habituarse a pensar al hombre como un ser de lujo, aun cuando los dogmáticos no dejen de decirnos que el hombre es hombre sólo en función de sus carencias.
-Con sus tres tomos de "Esferas" dejó el terreno de la bioética para plantear nada menos que una morfología general del espacio humano. En esa trilogía retoma la gran pregunta de Heidegger: ¿adónde estamos cuando decimos que estamos en el mundo?
-Y yo respondo: "En burbujas, esferas, incubadoras, invernaderos, donde el hombre se construye, se protege y cambia". La vida humana se autoorganiza siempre creando espacios protegidos e inmunes, de la célula y su protoplasma a los niños dentro del útero, pasando por los hombres cuando construyen su intimidad, sus casas, sus ciudades y sus espacios metafísicos o imaginarios.
-Para usted, el modelo de la esfera es la isla. ¿El hecho humano se construiría mediante la separación?
-Una isla es, porque está aislada, y el hecho humano es el resultado de una gran operación de aislamiento. El proceso que lleva a la realidad humana es el autoencierro de un grupo humano que transforma a sus miembros como se transforman los monos en hombres. Ese proceso comienza con una utilización perversa y particular de la mano del mono, que se metamorfosea en mano humana. Nosotros tocamos de otra manera, como lo muestra Sartre en "El ser y la nada" cuando habla de la caricia. La caricia es exactamente el gesto que prueba que la mano humana se ha vuelto extática. Ya no se contenta con el gesto de tomar algo: la mano se vuelve la antena del ser.
-¿Y qué es lo que usted llama "uterotopo"?
-Es otra de las dimensiones de la isla del hombre. Es necesario comprender que los seres humanos están condenados a una práctica metafórica que consiste en la necesidad de repetir extraútero la situación intrauterina. El medio uterino se vuelve el símbolo de la actividad mundial, debido a que el ser humano depende siempre de un espacio protector para realizar su naturaleza humana.
-En "Espumas", el último volumen de su trilogía, usted dice que esas innumerables esferas humanas se aglomeran hasta formar paquetes de "espuma" que permiten pensar esa multitud de espacios humanos cerrados.
-No podía quedarme en el nivel de las burbujas protectoras del núcleo familiar o de la pequeña horda. Yo interpreto la metafísica clásica como un sistema inmunitario simbólico que construía un película trascendente e indestructible en torno del ser humano. Mientras los mortales vivían bajo ese cielo, era plausible pensar que el cosmos era la casa de Dios -esa esfera donde el centro está en todas partes y la circunferencia en ningún sitio- y los hombres, los inquilinos. En "Espumas" demuestro por qué esa monoesfera metafísica estaba destinada al fracaso.
-¿Por qué?
-Hay una contradicción que refleja el dilema formal de la situación actual del mundo: a través de los mercados y los medios de comunicación globales asistimos a una guerra sin cuartel entre modos de vida y entre mercancías de la información. Allí donde todo es centro no puede existir un verdadero centro. Allí donde todo emite, el supuesto centro emisor se pierde entre los mensajes entremezclados. Vemos entonces que la era del círculo unitario -el único, el más grande, el que engloba todo lo demás- ha terminado irrevocablemente. La esfera no es más la imagen morfológica del mundo poliesférico que habitamos, sino la espuma.
-En todo caso, ese espacio vital cada vez está más amenazado: el aire que respiramos es acondicionado, filtrado, purificado. Después de la utilización de gases mortales, ese aire se ha transformado en un elemento amenazador. El aire y el medio ambiente forman parte de la estrategia militar y, como el hombre necesita inmunizarse contra esos peligros...
-...esto acelera la construcción de esferas protectoras, sean ellas el espacio aéreo, nuestras ciudades climatizadas o nuestras oficinas y apartamentos. Nuestro mundo occidental quisiera ser un inmenso palacio de cristal. Algo parecido al Palacio de Cristal de los británicos, ese invernadero gigante y lujoso construido en Londres en 1850 para la Exposición Universal. Occidente ha reemplazado el mundo de los metafísicos por un gran espacio interior organizado por el poder adquisitivo. El capitalismo liberal encarna la voluntad de excluir el mundo exterior, de retirarse en un interior absoluto, confortable, decorado, suficientemente grande como para que no nos sintamos encerrados. Creo que ese palacio de cristal urbano, con sus calles peatonales, sus casas con aire acondicionado, da una respuesta adecuada a ese deseo. Walter Benjamin ya lo decía en la época de la Restauración en Francia, cuando hablaba de las galerías comerciales y las calles comerciales de París. Para él, construyendo esos pasajes, el régimen de Napoleón III mostró su verdadera naturaleza tratando de transformar el mundo interior en una especie de fantasmagoría: un gran salón abierto donde uno recibe el mundo sin estar obligado a salir de su casa. Para él, ése era el fantasma burgués de base: querer disfrutar de la totalidad de los frutos del mundo sin tener que salir de su casa.
-¿En función de ese objetivo, la globalización de los medios de comunicación ayuda enormemente, porque uno puede traer el mundo a su casa sin tener que moverse?
-Exactamente.
-Y con el resto, ¿qué se hace? ¿Qué se hace con la periferia subdesarrollada del mundo?
-Se usa para hacer turismo y practicar la caridad. Para darse buena conciencia.
-¿Usted habla del hombre posmoderno?
-Sí. El modernismo fue la época de la construcción del gran invernadero de cristal. El posmodernismo es la vida después de su inclusión total en ese gran invernadero. La periferia está allí simplemente para recordarnos que todo es muy seguro y que es necesario proteger la estructura a cualquier precio.
-¿El sistema militar llamado "Guerra de las Galaxias", desarrollado por EE.UU., forma parte de ese gran invernadero?
-Desde luego, porque ellos son los guardianes de ese gran palacio de cristal, sobre todo de su superficie. Una superficie que es muy frágil y, al mismo tiempo, muy elástica. Después de los atentados terroristas del 11 de septiembre de 2001, los norteamericanos se pusieron a construir otras estructuras más sofisticadas y aún más grandes que las Torres Gemelas. Lo curioso es que nadie parece extrañar esas torres.
Apenas fueron destruidas, sus funciones pasaron a ser cumplidas por otras estructuras. La verdadera consecuencia del 11 de septiembre fue que, desde entonces, los estadounidenses poseen algo muy precioso: tienen por primera vez un monumento nacional mítico. Algo así como la Jerusalén de los cristianos en la Edad Media: el sitio donde se encontraba la tumba de Cristo. Por primera vez, los norteamericanos tienen esa Tierra Santa en territorio estadounidense. Para hacer una Cruzada, es necesario poseer una Tierra Santa.
-Usted no sólo es duro con los norteamericanos; también lo es con los europeos, a quienes acusa de ser unos cínicos: miran el mundo con sus principios de libertad, igualdad y fraternidad, pero dicen: es así y no se puede cambiar.
-Sí, el cinismo es una suerte de pragmatismo aplicado al terreno de la reflexión ética. El cinismo antiguo era otra cosa, era simplemente un naturalismo, una reclamación de la naturaleza en tanto que régimen razonable que reglamentaba el movimiento de los astros y los cuerpos celestes, y que al mismo tiempo podía ser aplicado al comportamiento humano. Esa suerte de naturalismo indicaba que había que renunciar a las necesidades creadas por la sociedad y llevar la vida de un perro
feliz.
-¿Y usted es un cínico?
-No, para nada. Yo no creo que se puedan ignorar las necesidades creadas por la sociedad. Finalmente, Diógenes, dentro de su barril, no consiguió ignorarlas. La prueba es que él también quiso entrar en la conversación urbana, transformarse en objeto de la atención pública gracias a su tonel y a esa marginalidad espectacular. Para él, ésa era la única forma que tenía un filósofo de hacerse notar en una sociedad donde todos los buenos puestos ya estaban distribuidos. En nuestros días, se podría decir que el cinismo es un mecanismo de marketing filosófico y que la invención de gestos espectaculares es una filosofía à coté de la filosofía hablada; es una suerte de ampliación de los medios de la comunicación filosófica.
-Volviendo al palacio de cristal, y como nada es eterno, ¿qué sucederá después del gran invernadero?
-Tendrá fin, porque la dolce vita en ese gran palacio de cristal está basada en una tecnología que no es sostenible. Es decir, en las energías fósiles. En la historia de la humanidad, el fosilismo habrá sido un episodio de apenas unos 300 años. Tenemos energías fósiles aún por 50, 100 años como máximo. En todo caso, nuestro placer ya no es el mismo: ha sido prácticamente demolido, porque las energías fósiles son sólo agradables cuando son baratas, y esa época se terminó para siempre. No volverá nunca más. Cuando todo se vuelve caro, no hay más confort, porque la democratización del lujo es imposible. Los regalos de la naturaleza se terminan allí. Ahora los hombres se preguntan cómo se pueden reemplazar esos regalos. La verdad es que el hombre detesta el trabajo. Los hombres simulan trabajar, pero trabajando sueñan con un regalo, con un tesoro que buscan en forma permanente. El trabajo es sólo una suerte de intermezzo que se acepta en espera del gran regalo.
Ahora, ante el fin de las energías fósiles, el trabajo regresa como una carga insoportable.
-No podemos quejarnos: desde mediados del siglo XIX hasta ahora hemos reducido en dos tercios el tiempo de trabajo.
-Así es. Pero eso se terminó para siempre. El fin de la vida fácil es irreversible.
-Después de esto, me parece bastante difícil comprender por qué usted se declara optimista sobre el futuro del hombre.
-Porque tenemos una buena posibilidad de administrar ese gran giro hacia una tecnología que será al mismo tiempo barata, compatible con las exigencias de la democracia y, sobre todo, abordable para los países que hoy están en la periferia. Esos pueblos aprovecharán la situación cuando las nuevas tecnologías solares estén disponibles a precios razonables. Esos nuevos recursos permitirán una estructura de civilización completamente diferente.
-¿Se podría decir entonces que usted es un filósofo pospesimista?
-No se me había ocurrido, pero me parece muy apropiada esa definición.
Entrevista de Luisa Corradini publicada en La Nación de Buenos Aires con el título: Peter Sloterdijk: "El fascismo de izquierda nunca hizo su duelo"
Livre/o 2
Se calhar este post deveria ser intitulado "Iconografia". Para mim, Alberto Pimenta concorre simultaneamente com o Slavoj para o mesmo posto. O posto "do tal", o #1.
Julgo ser necessário repetir a mesma lenga lenga: leiam a obra de um dos homens mais inteligentes e artisticamente dotados do nosso reino. Em jeito llansoliano: nessa noite, Pimenta desviada da sua rota ataca todos os alicerces pribulianos em jeito de picante, assando raízes indefinidas, criando luz numa noite que será de transformações...
O primeiro livro que aqui trago é tão rico e tão variado na sua forma, que só posso citar a introdução possibilitando uma re humor (desde a primeira linha):
A (más)cara diante da cara - Dos símbolos do homem e do homem como símbolo
Alberto Pimenta
Ed. Presença
"Se a sala de aula é em declive chama-se anfiteatro, nome que faz lembrar 'teatro anfíbio' ou teatro na água, ou simplesmente 'aquático'. Se tem porta para arua e fica mesmo defronte da igreja de Nossa Senhora de Fátima, então o anfiteatro é na Universidade Nova. As cadeiras, de plástico cor de laranja, lembram grandes potes como os de sentar os bebés, marca chicco."
Classics and Its Position in Future Cultural Politics
by Freddy Decreus
University of Gent
One of the riddles, which, for a number of years, has continued to fascinate me is the relationship between Greek tragedy (as a literary construction) and the tragic feeling (as a philosophical and ontological problem). The classical philologist in me has been trained to study questions like the translation and the meaning of Greek and Latin tragedies, to interpret the way they are interrelated and to discuss their contribution to ‘classics’. However, when this classicist meets the actor and the director in the rehearsal room, or when, in daily theatre criticism, he discusses contemporary arts and the relevance of tragedy for present-day artistic or religious processes, he enters into another world, where he feels alone, orphaned, alienated. He is asked why this capitalist society wants to stage so many tragedies and why this community returns, characterized as it is by so many POST-feelings (post-modern, post-dramatic, post-structuralist, post-human, post-colonial, post-phallogocentric, post-ideological…), to the very confusing notion of the tragic? On top of that, he must try to find out whether or not the heritage of Ionesco and Beckett, Sarah Kane and Botho Strauss can be considerd as tragic theatre. Is it the same, but different? Can postmodern theatre, especially in its postdramatic form, still be considered as tragic? Why is only the West largely dominated by tragic feelings, and not the East? Why is no Western university interested in offering real comparative mythology and philosophy?
In the heat of discussions like these, classicists realize that traditional ‘classics’ never fully explored the philosophical consequences of a tragic worldview and that they are not well informed about the German idealistic 18th century that produced philosophers like Kant, Schelling, Schiller and Hölderlin, who all keep on influencing central European interpretations of the tragic. Neither did they study the Dionysian notions of dismemberment and ecstasy outside of the classical texts. Therefore, this classicist feels uncomfortable when confronted with the theatre of the Fura Del Baus or the Societas Rafaello Sanzio, when provoked by the new anthropological theories of Girard or Bataille, when questioned by the radical philosophy of Deleuze (against totalizing theory) and Sloterdijk (against contemporary metaphysics). He is not used to comparing the tragic depth-structure of the new kinds of drama written by Jan Lauwers, Pina Bausch, Meg Stuart or Jan Fabre with the more classical ones. Hans-Thies Lehmann, in his very provocative book Postdramatisches Theater (1999), introduced him to a whole new way of thinking about drama, but notions like heterogeneity, pluralism, subversion, deformation, gesticulation, seem unfamiliar, although he knows very well that the great directors of today all use postdramatic techniques, even in the staging of classical tragedies. The staging of drama does not necessarily any longer respect clearly recognizable events and characters presented in an Aristotelean way, but privileges moments and climates of anti-mimetic intensity, violence or discontinuity which convey the postmodern lifestyle and its lack of traditional metanarratives. Therefore, contemporary classicists, trained and raised as they are by an episteme that still reflects a nineteenth-century vision of the world (likewise, the organisation of the university curriculum), are often constrained from discussing art, culture and society in a fundamental and enlightening new way. Since they are not thinking in the categories that dominate contemporary intellectual discussions, they cannot share the preoccupations of some of his colleagues and therefore they still situate ‘classics’ in a more old-fashioned paradigm of research.
Talking about the future of classics and the chance that it will be accepted as an important interlocutor both in present and future discussions about cultural politics and identity, one has to consider the need of integrating contemporary visions on aesthetics, philosophy and ideology into our curricula. Bridging the distance between old and new has always been one of the central aims of Western ‘humanities’, and especially in an era which has been accused of creating a “Bonfire of the Humanities’ we must investigate where a fight between (neo)conservatives and progressives is leading us.
sábado, 29 de março de 2008
Resumen
Es lo que Sloterdijk encuentra en la espuma, un agregado de múltiples celdillas, frágiles, desiguales, aisladas, permeables, pero sin efectiva comunicación. Fragilidad, ausencia de centro y movilidad expansiva o decreciente caracterizan una estructura que mantiene una «estabilidad por liquidez», divisa posmoderna que refleja la íntima conformación de la espuma, la metáfora que sirve a Sloterdijk «para formular una interpretación filosófico-antropológica del individualismo moderno, del que estamos convencidos de que no puede ser descrito suficientemente con los medios que hay hasta ahora». A diferencia de la red, la metáfora inevitable desde la abrumadora expansión de Internet, la espuma subraya el aislamiento conectado, la diversidad de las conexiones, la constante movilidad de los puntos conectados y la irregularidad de la estructura total. La primera consecuencia de esta visión «espumosa» del espacio humano es la ruptura de toda representación de totalidad, lo que ya no afecta sólo a la religión o a la filosofía, sino también a la sociología: habitar en la espuma significa que la idea misma de sociedad resulta cuestionable, pues implica la visión, exterior a la burbuja propia, de una totalidad estructurada, organizada e inteligible, idea que es ya, a los ojos de Sloterdijk, un resto de los sueños imperiales de una teoría sociológica heredera de la metafísica.
Burbuja-tipo.
La impresión de artificialidad que produce una visión así de la esfera social tiene su propia lógica; y es que, en efecto, las burbujas son ante todo un invernadero, un ámbito acondicionado y cerrado a un exterior tóxico, formado cada vez más por toda suerte de prótesis auditivas, locomotoras, visuales, etc. Sloterdijk ve en la explicitación creciente de todos los implícitos en que se funda la vida humana el rasgo más decisivo de la modernidad, pero en vez de pensarlo al modo hermenéutico, como la apropiación de los horizontes históricos de sentido, lo ve como la puesta a disposición, mediante la técnica, de todos los elementos ocultos del cuerpo y del medio ambiente.
De ahí surge una extraordinaria capacidad de control de las condiciones de vida y de producción de bienestar, que empuja a pensar la vida de otra manera. Es lo que Sloterdijk emprende en la última parte del libro, donde ejerce toda su capacidad provocativa para denunciar la disparidad, en el Primer Mundo, entre la amplitud del invernadero y el discurso público, dominado aún por la «psicosemántica de la necesidad»; frente a él hay que insistir en que, por primera vez, se abre la posibilidad de una conducta no aplastada por la carga de la subsistencia y su ética, sino una vida descargada, aligerada, mimada por el confort: «La era de la levitación». ¿Logra efectivamente Espumas pensar a fondo el espacio contemporáneo? A pesar de que ofrece momentos descriptivos muy logrados, como los análisis dedicados al apartamento como burbuja-tipo de la vida individual y a los nuevos conectores, los «palacios de congresos», no se aprecia una teoría que vaya más allá de lo que insinúa sugestivamente la metáfora de la espuma. Especialmente sobre la conexión entre las células se dice muy poco: casi sólo se alude a la idea de una imitación expansiva, cuyo mecanismo no se explica. La impresión de que la metáfora se aplica reiteradamente en diversos contextos sin que por ello aumente la comprensión acompaña constantemente la lectura. Una lectura que, más que en otras ocasiones, se hace fatigosa e impaciente, pues la escritura ágil y expresiva de Sloterdijk no compensa la escasez de resultados teóricos.
Análisis del nacimiento.
Las conferencias de 1988 "Venir al mundo, venir al lenguaje" son un perfecto antecedente del proyecto de Esferas. En él la problemática del comienzo, del venir-a, ocupa el centro de una reflexión jugosa y original, que no se pierde en las tradicionales paradojas filosóficas del inicio, sino que, mediante un análisis vibrante del nacimiento, que anticipa Esferas I, ilumina la realidad de nuestro estar en el mundo y el lenguaje. El nacer no nos entrega inmediatamente al mundo, sino que antes nos sitúa en lo abierto, en el espacio libre de lo indecidido, de lo no fijado aún por el lenguaje en un mundo constituido. Vincular el pensamiento, contra el olvido del nacimiento tanto en la autobiografía como en la filosofía, a esa negatividad de lo abierto, es la forma actual de recuperar el aliento crítico tras el fin de la utopía. Es lo que nos enseña la Teoría Crítica de Atenas, el no-saber del partero Sócrates, reinterpretado antiplatónicamente por Sloterdijk.
sexta-feira, 28 de março de 2008
CLASS
INTRO
Matron: The whole world's gone low-brow. Things ain't what they used to be.
Velma: They sure ain't, Mama. They sure ain't. It's all gone.
...
Whatever happened to fair dealing?
And pure ethics
And nice manners?
Why is it everyone now is a pain in the ass?
Whatever happened to class?
Matron: Class. Whatever happened to, "Please, may I?" And "Yes, thank you?" And "How charming?"
Now, every son of a bitch is a snake in the grass
Whatever happened to class?
Velma and Matron: Class!
Ah, there ain't no gentlemen
To open up the doors
There ain't no ladies now,
There's only pigs and whores
And even kids'll knock ya down So's they can pass
Nobody's got no class!
Velma: Whatever happened to old values?
Matron: And fine morals?
Velma: And good breeding?
Matron: Now, no one even says "oops" when they're
Passing their gas
Whatever happened to class?
Velma: Class
Velma and Matron: Ah, there ain't no gentlemen
That's fit for any use
And any girl'd touch your privates
For a deuce
Matron: And even kids'll kick your shins and give you sass
Velma: And even kids'll kick your shins and give you sass
Velma and Matron: Nobody's got no class!
Velma: All you read about today is rape and theft
Matron: Jesus Christ, ain't there no decency left?
Velma and Matron: Nobody's got no class
Matron: Everybody you watch
Velma:'S got his brains in his crotch
Matron: Holy shit!
Velma: Holy shit!
Matron: What a shame
Velma: What a shame
Velma and Matron: What became of class?
Peter without Paul and Mary
Damned to expertocracy
The end of democracy? Philosopher Peter Sloterdijk talks with Marius Meller about Europe's crisis and authoritarian capitalism.
Tagesspiegel: Mr. Sloterdijk, in your books you promote the idea of a postnational Europe. In France during the debate on the constitution you advocated a 'decisive yes, one that's had enough of all the nos'. After the no and the failed Brussels summit, is your Europe at a dead end?Peter Sloterdijk: A very particular version of Europe has now been declared bankrupt. The referendums showed we're sliding into a neo-protectionist phase in which the countries that profited most from Europe are belatedly attacking the Eastern expansion. England has profited enormously, the French agricultural industry is one big European-subsidised enterprise. The biggest takers are the ones where the overwhelming majority is now saying no. This shows that certain mechanisms that should unite them with the European supplier are no longer working. We've built up a brainless system of transnational bank transfers to spoiled countries where national culture still dominates. That's the real calamity of the whole thing.
Is Britain still dreaming of empire?
Britain has an age-old tradition of Euro scepticism that goes back to well before the Second World War. When Churchill talked of the "United States of Europe", he didn't assume Great Britain should be a part of it, because Britain is a universe unto itself. But as it had a privileged relationship to the United States of America, Churchill also made it clear that a complex called the United States of Europe could be a charming partner for Britain, no more and no less. And that's how things remained, even after England's entry into the European club of humiliated empires. The example in North-West Europe shows what awaits us with the Turks on the oriental front.
And Blair?
Blair speaks out in favour of Turkey's entry to ensure that Europe will remain ungovernable. This is part of his plan to reduce Europe to a free trade zone. Blair prefers a chaos of overstretched national states to a European superstate that he mistrusts out of traditional British phlegm. Nevertheless the continental core Europeans have started on the road to political integration. It could turn out to be too much of a challenge. Europeans learn each other's languages only hesitantly, and not enough bilateral and plurilateral cultural work is being done. Cultural nationalism is still a powerful force to be reckoned with. Seen in this light, it's admirable what the Brussels bureaucrats have managed to accomplish: a procedural unification of this heterogenous continent. National populations have turned into something like moody cantons. Without being aware of it for the most part, we live in a Helvetic experiment on a European scale.
Was the French referendum a formal mistake in view of the increasingly chaotic democracy of sentiment?
If you don't believe that the mood of the people is something akin to the mouth of truth, then a referendum is a mistake, not only for formal reasons but also in terms of political reality. If politicians need approval they should talk frankly beforehand. The French politicians failed to make it clear to voters what they were actually voting on. Instead they let them stage another French revolution. And on top of that they open the way for xenophobia to articulate itself as an expression of pride, which is a novelty. Many French intellectuals also made fools of themselves in the process.
Are we now in for a debate on democracy, in addition to the one on capitalism now raging in Germany? Do we have to redefine our distance to direct democracy in Europe? Even the Pope's critique of "relativism" conjures up the evils of majority belief.
It would be wrong to interpret Ratzinger as anti-democratic. In fact he's for a Christian democracy. And that fits in well with a theorem I've been working on for a long time now: What awaits us is a global change to "authoritarian capitalism" based on neo-authoritarian values. Ratzinger's visions can easily be situated in such a context. The 21st century is becoming a neo-authoritarian laboratory, one where capitalism no longer has a need for democracy.
Something you're in favour of?
Of course not. It's with feelings of deep regret that I watch the domain of freedom being eroded bit by bit. The current situation is similar to the 1930s, when several kinds of authoritarianism were on offer all over the world. I think political systems are again experiencing a transition to postliberal forms. You have a choice between China's 'party dictatorial' mode, the Soviet Union's 'state dictatorial' mode, the USA's 'sentiment dictatorial' mode and finally the 'media dictatorial' mode of Berlusconi's Italy. Berlusconiism is the European test balloon of the neo-authoritarian turn.
And how does Western Europe fit into this picture?
The perplexed liberal democracies in Central and Western Europe are increasingly egoistical, and are now teetering along an uncertain course. There's a great danger of a protectionist residual democracy developing. Obviously the conditions in Germany wont approach those of Asia or Russian. But the more direct confrontation we have with China, the more Asian flu we get. The Americans are the most infected, they've already developed symptoms of a neo-authoritarian "New Deal". The result is very reminiscent of the interwar period, when even liberals such as Thomas and Heinrich Mann said that no reasonable person could now doubt the time of liberalism was over, and only robust measures were going to get anywhere.
What would be the counter-model to authoritarian democracy? Can liberalism be saved?
It can only be saved at the paradoxical cost of an alliance between democracy and asceticism, that is a voluntary acceptance of competitive disadvantages. This would mean something like a greater-European Geusen movement would have to emerge, like when the Dutch faced Spanish hegemonic claims. In the 16th and 17th centuries the imperial Spanish wanted to extend their rule as far as the Netherlands. The slogan of the Geusen Resistance was: "Better dead than a slave", which today would translate as: "better poor than unfree".
Hardly anyone would voluntarily agree to that.
We're now leaning back on half a century of successful "Bonapartist" mass democracy under the broad awning of prosperity. There's a line from Büchner's "Danton's Death" that's relevant here about the revolution having a stroke: "A chicken in the pot of every farmer, and the revolution gets apoplexy." Consequently the chickens are the losers of the story. The owners of the pots they're cooked in have won. They sold their revolutionary verve for the price of a chicken. By the way, I doubt that this verve is worth holding onto. A certain from of habitual revoltism, especially among my dear French neighbours, gets right on my nerves.
After the failed referendum, some younger German intellectuals called for a "rebirth of the national". Is Europe threatened by re-nationalisation?
For a long time in Europe we've had both: forced re-nationalisation and forced supra-national integration. To my mind the antagonism between the two is now being consciously stepped up. I wonder how much time will go by before some authors come sailing sail back into the harbours of the nation. The SPD already showed them how it was done in the 70s. If you really wanted to make Europe attractive, you had to build up the transnational solidarity system by internationalising social security and introducing a European Hartz IV unemployment and social welfare programme, along with a European pension system. That way all the basic parts of the big heart-lung machine of prosperity that keeps the unconscious social body alive would be made from European components. And that's exactly what's not happening. Why not? Because we're trapped in national hallucination chambers. The nation state is our national park.
Europe, a museum of nations?
This museum should be maintained and expanded. But the curators of our museum of prosperity must be true Europeans, even when the visitors insist on settling down in the Germany or the France Room. The flight into the nation is always arduous. So we're damned to expertocracy.
quinta-feira, 27 de março de 2008
TURBO-FOLK by Ander
O André Godinho fez este vídeo para o Turbo-Folk e escreveu no seu blogue: "Para todos os que viram o Turbo-Folk, para todos os que não viram, mas gostavam de ter visto e para aquela rapariga que saiu a meio, no segundo dia, uma turbo-versão do Hino Totalitário do TURBO-FOLK"
quarta-feira, 26 de março de 2008
segunda-feira, 24 de março de 2008
Fresh Theory
Peter Sloterdijk em Palácio de Cristal (ed. Relógio D'Água)
(enviado pelo zé)
Prometheus
There are four legends concerning Prometheus:
According to the first he was clamped to a rock in the Caucasus for betraying the secrets of the gods to men, and the gods sent eagles to feed on his liver, which was perpetually renewed.
According to the second Prometheus, goaded by the pain of the tearing beaks, pressed himself deeper and deeper into the rock until he became one with it.
According to the third his treachery was forgotten in the course of thousands of years, forgotten by the gods, the eagles, forgotten by himself.
According to the fourth everyone grew weary of the meaningless affair. The gods grew weary, the eagles grew weary, the wound closed wearily.
There remains the inexplicable mass of rock. - The legend tries to explain the inexplicable. As it comes out of the substratum of truth it has in turn to end in the inexplicable.
(KAFKA, Franz: "Prometheus", after the translation of Willa and Edwin Muir, in The Complete Stories, Edited by Nahum N. Glatzer, Schocken Books, New York 1971, p.432)
domingo, 23 de março de 2008
CONSERVATÓRIO
sexta-feira, 21 de março de 2008
Dinesh D'Souza (traidor e ex-amante de Ann Coulter)
1. What's so great about America
2. What's so great about Christianity
Por Dinesh D'Souza
1. Penguin books
2. Regnery Publishing
"All this adds up to a powerful critique, which states that in America freedom has established itself as the highest value and has fatally undermined other cherished values. In other words, the triumph of freedom comes at the expense of decency, community, and virtue."
O Roger e Eu
Mas, Eu também sou.
I am not afraid.
I AM A T-WARRIOR.
AND A FOX LOVER.
Roger Scruton (a estética)
1. Guia de Filosofia para Pessoas Inteligentes
2. Gentle Regrets
2. O Ocidente e o Resto
4. Philosophy: Principles and Problems
5. Culture Counts: Faith and Feeling in a World Besieged
6. Modern Culture
Todos por Roger Scruton
1 e 3 pela Editora Guerra e Paz
2, 4 e 6 pela Continuum
5 pela Encounter Books
"I grew to immaturity in the sixties, when disorder was the order of the day. Like most of my generation, I was a rebel - but a meta-rebel, so to speak, in rebellion against revellion, who devoted to shoring up ruins the same passionate conviction that my contemporaries employed in creating them".
nota: gentle regrets, de onde extraí este excerto, é uma auto-biografia/livro de memórias.
Bill O'Reilly (a política)
Ann Coulter (a fé)
1. Godless (The church of liberalism)
2. How to talk to a liberal (If you must)
3. If democrats had any brains, they'd be republicans
Todos por Ann Coulter
Ed. Crown Forum
Não vou citar nada dos livros (aliás o último é uma colectânea de auto-citações da autora) pois os títulos já são suficientes.
P.s. Sempre que o meu pai me compra livros de autoras que se afirmam de direita, leva boquinhas da parte dos vendedores "You are very conservative". O Pacheco e a Ann deviam juntar-se nas suas queixas.
O novo partido + a nova troika
O Uno é Peter Sloterdijk.
O traidor é Dinesh D'Souza (ou também Bernard-Henri Lévy).
E tríade pragmática é Ann Coulter (fé) + Bill O'Reilly (política) + Roger Scruton (estética).
Conservatório parte de um texto de Peter Sloterdijk por nós traduzido para o programa do Avarento no Teatro Nacional S. João também aqui disponível.
Monólogo
Quero ir ao cinema. Procuro desesperadamente ver algo na zona de Lisboa com o mínimo de interesse e o máximo de astúcia.
Nada. Rien. Nothing. Nickles pickles batatóide (holly cow, what the gosh was this!).
Quero a Coppola, quero-o-richard-kelly-novamente-como-promessa-da-nova-geração, quero os old-new sublimes Gust von Saints, quero a minha geração de trintões. Sereias! Tritões! Nada. Todos cansados, todos à míngua.
Ora bem no teatro quero.... hmmmmmmmm. Não quero nada. Claramente, nada.
Eis uns highlights de textos publicitários de espectáculos que estão em cena: da chamada geração nova.
Se esta se define assim, se esta se autoriza a definir assim,
pois então eu cá prefiro a geração velha.
#1
Esta criação, tal como as outras, começou com o mesmo objectivo: o desejo de comunicar algo, coisa que na arte não é muito comum, nos dias que correm. E este desejo impõe-se à forma, à vontade de qualquer estética ou formalismo. Ele ganha forma em relação directa com o interior das coisas.
O teatro é (...) um lugar de tensão entre o conhecimento e aquilo que não dominamos, entre o antigo e o novo, entre eu e eu. Não me interessa solucionar. Interessa-me criar problemas. Esvaziar o conteúdo para nos libertarmos da forma. Por isso eu não imponho. Eu aceito, selecciono, proponho a partir do que existe, do que está a acontecer.
Não sou eu que escolho os temas, mas são eles que me escolhem a mim. Eu escolho apenas as pessoas e a partir daí o trabalho está limitado. Não sei falar de metodologias, de disciplina, mas sim de liberdade e intuição. Não aguento mais uma arte fechada em si própria, uma arte para os amigos, uma arte gira, uma arte capitalista, uma arte dramática. Hoje sei que estou a fazer o que tenho de fazer, o que não posso evitar fazer.
#2
Penso o meu trabalho não como a exposição de uma postura afirmativa mas enquanto estrutura provocadora que força o espectador a posicionar-se perante ela, revelando o seu próprio discurso ético sobre a “coisa”. Em última instância trata-se da afirmação da nulidade do acto afirmativo.
(...)
Não prescindo deste objecto (um video; nota minha) dentro de um processo estruturalmente anti-objectual, onde mais do que criar se gerem “coisas” pré-existentes, porque o considero enquanto materialização da necessidade de memoria, ele existe no projecto enquanto falso consolo final, enquanto recompensa obsoleta para um espectador que já passou pela necessidade de se desfazer da sua necessidade objectual, e neste sentido é também falsa a inutilidade deste objecto porque confronta o espectador com tudo o que abandonou durante o o processo performativo, e nesse sentido a sua inutilidade transforma-se em questão.
#3
O Contrabaixo: o rapaz que não fala. o pai um dia disse-lhe: “na vida tens de ouvir mais do que falar”. Levou o conselho tão a sério que não voltou a proferir. Para que se pudesse expressar, os pais, ofereceram-lhe um contrabaixo. Aqui é entendido.
(...)
O Perchista do Pensamento: procurava captar o silêncio absoluto. Possibilitei-lhe a grande revelação: a sua perche, aqui, captou o pensamento. Descobriu, assim, o silêncio absoluto: a torrente interior dos outros, o não dito, o selado a sete chaves das vontades alheias.
A Menina Bonsai: quer crescer pouco e devagar por fora para poder crescer devagar por dentro. é sábia, conhece os verdadeiros rostos do bem e do mal. Não quer chegar a saber tudo mas sabe que está lá perto. Plantou-se em mim e chora quando cresce por fora e por dentro.
A geração nova é assim: não quer nada, não quer ideologia, não quer nomenklatura, não quer ter nada a ver com a hegemonia teatral, é hedonista, é multireferencial, é polivalente, e faz questão em distinguir ascetismo presencial no condomínio do commodity fetichism (enfim, o dilema dos Emos).
Cá para mim estão a um passo disto: "Experimenta-se experimenta-se, mas depois faz-se."
QUERO O PISCATOR. VIVA A REVISTA.
(E depois morre.)
quarta-feira, 19 de março de 2008
IN THE MEAN TIME...HAMLET SOU EU IS BACK
Durante a residência artística do espectáculo "Conservatório", a Praga volta a apresentar Hamlet Sou Eu em 4 concelhos algarvios:
CAPa (Faro), dias 21 a 24 de Abril; em Loulé, entre os dias 28 a 30 de Abril, no Cine-Teatro Louletano; em Lagoa, nos dias 5 e 6 de Maio, no Auditório Municipal de Lagoa e nos dias 8 e 9 de Maio, em Vila Real de Santo António, no Centro Cultural António Aleixo.
Turbo-Folk is dead but CONSERVATÓRIO is about to be born
CONSERVATÓRIO
terça-feira, 18 de março de 2008
sábado, 15 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
ÚLTIMOS DIAS - TURBO-FOLK
Embriaga-me, embriaga-me com o teu amor!
© José Frade / EGEAC
Uma encomenda do São Luiz Teatro Municipal em co-produção com o Teatro Praga.
PREÇÁRIO €10 A €20 (com os habituais descontos do SLTM) /
Bilhetes a €5 para menores de 30 anos
Bilheteira - tel: +351 213 257 650 / e-mail: bilheteira.teatrosaoluiz@egeac.pt
quarta-feira, 12 de março de 2008
Turbo-Folk
O Steve Stoer fez esta animação com a sessão de fotos que fez para a promoção do Turbo-Folk.
terça-feira, 11 de março de 2008
SEGUNDA E ÚLTIMA SEMANA
até 15 de MARÇO / QUARTA A SÁBADO ÀS 21HOO
SALA PRINCIPAL
© José Frade / EGEAC
Concepção Teatro Praga
Interpretação Ana Só, André e. Teodósio, Andres Lõo, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Inês Vaz, Larissa Savchenko, Luiza Dedicin, Patrícia da Silva, Pedro Penim
Com a colaboração de André Godinho, Catarina Campino, Javier Núñez Gásco, José Maria Vieira Mendes, Rogério Nuno Costa, Vasco Araújo
Desenho de Luz Daniel Worm d’Assumpção
3 Dentes de Ouro vestidos por Mariana Sá Nogueira
Apoio à cenografia João Gonçalves
Produção Pedro Pires e Joana Gusmão
Uma encomenda do São Luiz Teatro Municipal em co-produção com o Teatro Praga.
PREÇÁRIO €10 A €20 (com os habituais descontos do SLTM) /
Bilhetes a €5 para menores de 30 anos
Bilheteira - tel: +351 213 257 650 / e-mail: bilheteira.teatrosaoluiz@egeac.pt
Turbo-Folk?
Para resolver este problema só existe a solução proposta por Lenine: os políticos devem suicidar-se aos 50 anos para dar lugar aos próximos. O Lenine propôs mesmo isto, mas o Trotsky impediu-o. O Trotsky dizia que tinha evitado que o Lenine se suicidasse.
E olhando para as coisas desta forma, trata-se de uma dialéctica quase surreal o facto de o Estaline ter morrido por desconfiar de médicos. Uma das últimas loucuras de Estaline foi o processo contra uma suposta conspiração de médicos judeus. Acabou por se deixar tratar por um veterinário, e foi por isso que morreu. O seu último médico foi um veterinário, o Estaline é uma vítima da medicina veterinária.
Heiner Müller, entrevista em 1988
segunda-feira, 10 de março de 2008
A verdade é estruturada ficcionalmente
Já a tinha esquecido, recalcado.
A simpática-liliputiana-de-comportamentos-automáticos-
e-inteligência-pouca.
Agora ele e ela e ele e ela e ela e ele e todos passam os dias a lembrar-me ahhhh olha a tipa.
Fuck you. Já percebi a piada. You have got your point.
E by the way, a mega-star de Juno é a prova verdadeira de que a ficção é perigosa como hegemonia totalitária.
Por isso mesmo não basta ser do contra. O contra existe como surplus da norma.
O contra tem de estar dentro.
A dúvida que nos resta em relação a Ellen Page (uma vez visto que elle n'existe pas) é se ela é um sintoma ou um fetiche?!?
Eu agora já sei a resposta (agora que ela fantasmaticamente regressou), mas e os outros sabem?
É um pouco como a anedota do louco que julgava ser um grão de milho.
"Depois de passar algum tempo num hospital psiquiátrico, ficou finalmente curado: ele já sabia que não era um grão mas um homem. Portanto deram-lhe alta; mas passado algum tempo ele voltou, a dizer 'Encontrei uma galinha e tive medo que me comesse'. Os médicos tentaram acalmá-lo: 'Mas tem medo de quê? Então não sabe já que é um homem e não um grão.' O louco respondeu: 'Sim, eu sei, mas será que a galinha sabe?'"
ACREDITAR NÃO É INTIMO, É SOCIAL.
E turbofolk não é nada disto, turbofolk é queimar respostas de concursos.
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Hoje fui entrevistado por João Costa Dias.
A entrevista passa quarta feira depois das curtas notícias das 23h.
Turbofolk goes transistor.
Livre/o 1
Culture and the Real
Catherine Belsey
Routledge
"Second, although on these grounds I would defend poststructuralism with my dying breath agains accusations of jargon or obscurantism, we do well to remember that much of this theory emerged in the post-war era of high modernism, when any text that was readily intelligible looked like the work of a journalist."
P.s. para a moniquette: Emile Benveniste + John Austin
Murder He Wrote
e diariamente. AQUI.
domingo, 9 de março de 2008
Nota de rodapé
E as noites a leste são de facto a leste.
Para a próxima semana esperamos ter duas noites maravilhosas.
No entretanto o Conservatório vai crescendo na minha cabeça.
"Um dia saberemos o porquê de tudo isto... mas até lá é preciso trabalhar." Tchekov
Não acredito em inspiração.
Não acredito em novos talentos.
Não acredito ponto.
P.S. Zé: não vou parar nunca de me repetir. nunca me ouvirás contar uma metáfora. "O verdadeiro amor é dar o que não se tem a alguém que não o quer". Turbofolk
sexta-feira, 7 de março de 2008
TONIGHT
CICLO OUTRAS LISBOAS - NOITES A LESTE
DANCETERIA
7, 8, 14 E 15 MAR
Sexta e Sábado às 23h30 - JARDIM DE INVERNO - M/16
Uma Danceteria especial, animada pelos sons da Europa de Leste.
DJs de serviço Teatro Praga
PREÇÁRIO €5 (Bilhetes à venda no próprio dia / Última entrada às
02h30 / Encerramento às 03h00)
segunda-feira, 3 de março de 2008
TURBO-FOLK ESTREIA 6 MARÇO
©Steve Stoer
TURBO-FOLK
Teatro Praga
6 A 15 MAR
QUARTA A SÁBADO ÀS 21HOO
DOMINGO ÀS 17H3O
SESSÃO COM INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA: 9 MAR, DOM, ÀS 17H30
SALA PRINCIPAL
Turbo-Folk (título derivado do conceito musical sérvio para denominar o estilo de música tradicional com um “up-rooting pop”) surge como espectáculo comunitário que, na senda dos Persas de Ésquilo, (des)congela as relações Leste e Far Oeste. Artilhado de entrevistas à comunidade de imigrantes do leste e a intelectuais envolvidos em políticas de emigração e do fabuloso mundo crítico do esloveno Slavoj Žižek, Turbo-Folk é uma afirmação sobre a tolerância multicultural versus a intolerância ideológica. Turbo-Folk é uma revolução dos sem parte, entre um percussionista estónio semi-perdido e um show a solo de uma cantora lírica ucraniana. Turbo-Folk é uma celebração de imigrantes.
Concepção Teatro Praga
Interpretação Ana Só, André e. Teodósio, Andres Lõo, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Inês Vaz, Larissa Savchenko, Luiza Dedicin, Patrícia da Silva, Pedro Penim
Com a colaboração de André Godinho, Catarina Campino, Javier Núñez Gásco, José Maria Vieira Mendes, Rogério Nuno Costa, Vasco Araújo
Desenho de Luz Daniel Worm d’Assumpção
3 Dentes de Ouro vestidos por Mariana Sá Nogueira
Apoio à cenografia João Gonçalves
Produção Pedro Pires e Joana Gusmão
Uma encomenda do São Luiz Teatro Municipal em co-produção com o Teatro Praga.
PREÇÁRIO €10 A €20 (com os habituais descontos do SLTM) / Bilhetes a €5 para menores de 30 anos